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PF prende vice-prefeito no Amazonas
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MATHEUS PICHONELLI
da Agência Folha
A Polícia Federal prendeu ontem o vice-prefeito e candidato à Prefeitura de Coari (370 km de Manaus), Rodrigo Alves da Costa (PP), e outras nove pessoas suspeitas de participação num esquema de desvio de verbas públicas no município.
As prisões, pedidas pelo Ministério Público Federal, são desdobramento da Operação Vorax, feita em maio pela PF. Na ocasião, 21 pessoas foram presas, acusadas de desviar royalties recebidos pela prefeitura pela exploração de petróleo e gás e dinheiro de convênios.
O prefeito, Adail Pinheiro (PMDB), não teve a prisão pedida. Na primeira etapa da ação, o pedido de prisão de Pinheiro foi negado pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, em Brasília.
Indiciado por suspeita de 17 crimes, como corrupção passiva, formação de quadrilha e fraudes em licitação, Pinheiro nega as acusações.
Para a PF, ele é o chefe do esquema de desvios ocorrido mediante fraudes em licitações e falsificação de documentos. A PF suspeita que o grupo sonegou tributos federais de ao menos R$ 30 milhões desde 2001. A cidade recebeu R$ 200 milhões em royalties nos últimos cinco anos, segundo a Agência Nacional de Petróleo.
As prisões foram pedidas pela Procuradoria após análise de documentos, com relatórios das escutas telefônicas anexadas ao inquérito da polícia. Durante a ação de maio, a PF apreendeu R$ 7 milhões em uma casa em Coari.
As investigações correm sob sigilo e os nomes dos detidos não foram divulgados ontem.
A prefeitura confirmou apenas a prisão do vice-prefeito. As prisões ocorreram em Manaus e Coari, de onde cinco dos suspeitos foram levados, de avião, até a capital.
A reportagem telefonou ontem à casa do vice-prefeito, mas uma funcionária disse que a família não tinha informações sobre o caso. Ela não soube dizer o nome do advogado dele.
O secretário de Comunicação de Coari, Daniel Maciel, disse que o prefeito estava tomando conhecimento da situação com a assessoria jurídica da prefeitura e estava "preocupação em dar continuidade à governabilidade do município". Pinheiro não se pronunciou sobre as acusações.
Ainda segundo Maciel, os funcionários que foram detidos e que tinham cargos de secretários na prefeitura foram exonerados após a operação de maio.
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