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29/07/2008 - 07h39

Tribunal investiga Yeda por compra suspeita de imóvel

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GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre

Meses antes de vender por R$ 750 mil uma casa à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), o engenheiro civil Eduardo Laranja da Fonseca havia recebido uma proposta de R$ 1 milhão pelo mesmo imóvel.

O negócio, fechado pela tucana em dezembro de 2006, 25 dias antes de ser empossada no cargo, é alvo de suspeitas da oposição e está sendo analisado pelo Ministério Público do TCE (Tribunal de Contas do Estado). Ontem Yeda não quis falar sobre o assunto.

A casa, onde vive a governadora, tem quatro pavimentos, 467 m² de área construída num terreno de 645 m² na Vila Jardim, bairro nobre de Porto Alegre. Na época, os R$ 750 mil pagos pelo imóvel superavam a declaração de bens feita pela governadora (R$ 674 mil).

Na certidão da transação, Yeda comprometia-se a pagar R$ 550 mil à vista e R$ 200 mil quando o dono do imóvel liquidasse dívidas que deram origem a duas ações de execução.

A suspeita de que a casa tenha custado mais do que o declarado pela governadora foi levantada nos pedidos de investigação feitos pelo PSOL e pelo PT ao TCE. Avaliado em R$ 900 mil pela prefeitura, o imóvel chegou a ser anunciado em classificados por R$ 1,2 milhão.

O indício da suposta sub-avaliação do valor ficou mais forte com documento assinado pelo empresário José Luís Borsatto e sua mulher, Maria Fernanda Prado Borsatto, em 7 de agosto de 2006, comprometendo-se a pagar R$ 1 milhão a Eduardo Laranja pela casa. O PSOL enviou cópia da promessa de compra ao TCE.

No documento, que não tem a assinatura de Laranja, o casal promete R$ 400 mil em dinheiro e uma casa de R$ 600 mil no negócio. Maria Fernanda confirmou que houve a negociação, mas não quis explicar porque não se concretizou. Laranja não foi localizado.

"Esta proposta unilateral de compra é um nada jurídico, pois não tem a assinatura do vendedor, que deveria querer dinheiro e não outro imóvel", afirma Paulo Olímpio Gomes de Souza, advogado de Yeda.

Segundo ele, a suspeita de sub-avaliação do imóvel não se sustenta porque, semanas antes de ser vendido à tucana, ele foi anunciado a R$ 850 mil.

Na defesa prévia apresentada ao TCE, Souza afirma que a governadora conseguiu levantar R$ 592 mil com a venda de dois apartamentos e de um carro para pagar a entrada da casa, mas ele não explicou de onde viria o restante do dinheiro necessário para terminar de pagar o imóvel.

"A governadora e o marido têm capacidade de pagamento. Isso será pago com o fruto da poupança do casal, quando o antigo proprietário resolver a pendência", diz Souza.

Comentários dos leitores
Mauricio Anadrade (599) 13/01/2010 09h22
Mauricio Anadrade (599) 13/01/2010 09h22
Sr. Marcos Moura (6) como gaúcho posso afirmar que Yeda não paga diretamente a RBS para defender seu governo. Mas indiretamente, com certeza. A posição do grupo RBS diante dos escandalos da governadora do PSDB foi criminosa. Houve uma série de omissões e a aquela velha reportagem investigativa, cuja resportagens começavam com "Segundo investigação do Equipe de Reportagem", tão comum no governo Olívio, simplesmente desapareceram neste governo. sem opinião
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Claudio Rocha (365) 13/01/2010 02h14
Claudio Rocha (365) 13/01/2010 02h14
Utilizando palavras do sr. Cesar sobre vigarice cabe lermbrar que : Talvez a vigarice politica queira impedir a população de relembrar todo o caos por ela vivenciado e herdado pelo presidente Lula após a passagem do PSDB que tinha sim Jose Serra como ministro planejamento e depois da saude, ou isso é invenção de eleitor petista. O PSDB quando no poder promoveu Elevação da taxa de tributação dos juros da dívida pública em quase 100%, ao taxar a partir de 1995 os juros nominais e não mais o juro real. Por isto, a carga tributária aumentou e o crescimento das empresas ficou aquém do potencial esperado. sem opinião
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Marcos Moura (6) 07/01/2010 18h41
Marcos Moura (6) 07/01/2010 18h41
Tenho a convicção que se fosse para o governo pagar para as tv's privada colocar sua programção o governo gaucho pagaria com certeza pq é da ir que tem os banner da campanha de IEDA 3 opiniões
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