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PF impede empresário ligado a Yeda Crusius de sacar R$ 200 mil
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GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre
Acusado de ser um dos líderes do esquema que desviou R$ 44 milhões do Detran-RS (Departamento Estadual de Trânsito), Lair Ferst foi impedido pela Polícia Federal de sacar R$ 200 mil ontem em agências bancárias de Porto Alegre. O empresário, que pediu desfiliação na terça-feira do PSDB, foi um dos coordenadores da campanha da governadora Yeda Crusius (PSDB) em 2006.
No dia 15, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e contas bancárias de 41 pessoas e 11 empresas envolvidas com a fraude que desviou R$ 44 milhões do Detran gaúcho.
O dinheiro seria sacado através de duas transferências nominais de R$ 100 mil em agências diferentes de um banco em Porto Alegre. O Ministério Público Federal obteve na Vara Federal Criminal de Santa Maria (286 km de Porto Alegre) decisão para estender o bloqueio às ordens de pagamento.
Por lei, os bancos devem informar ao Coaf (órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda) depósitos em espécie e saques acima de R$ 100 mil, nos quais correntistas avisam o banco com antecedência para o provisionamento (reserva) do dinheiro em espécie.
O procurador da República Alexandre Schneider, que pediu a extensão do bloqueio, disse que não ficou sabendo da possibilidade de saque pelo Coaf, mas por um "informante".
Ferst considera a restrição ao saque "totalmente ilegal". Segundo ele, os recursos eram provenientes de um "empréstimo feito por um amigo" em razão da indisponibilidade de seus bens.
"Tenho certeza de que continuo com o telefone grampeado e que continuo sendo seguido. Só tratei deste empréstimo pelo telefone. Isso já está no limite da coação", disse à Folha.
O empresário negou que a divisão do dinheiro em duas ordens de pagamento tenham sido um meio para tentar evitar a comunicação ao Coaf. Seus advogados tentarão desbloquear as ordens de pagamento hoje.
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