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26/11/2002 - 07h20

FHC atribui crise do Brasil a outros países

MURILO FIUZA DE MELO
da Folha de S.Paulo, no Rio

Em palestra ontem para formandos dos cursos de Altos Estudos Militares, da Escola Naval, o presidente Fernando Henrique Cardoso atribuiu às turbulências internacionais os problemas econômicos de seus oito anos de governo e disse que o futuro dos países dependerá cada vez mais de "fatos inesperados".

"Em suma, ao falar de futuro, o governante terá de aceitar como regra básica a idéia de que será surpreendido por fatos inesperados. Isso sempre tem um lado ruim e outro bom", disse.

FHC afirmou que, nos dois mandatos, teve de "navegar sob nevoeiro denso", em meio a crises sobre as quais não teve controle, como as do México, da Rússia e da Ásia. O presidente disse que desde a época em que era ministro da Fazenda (93-94), a mudança nas relações sociais e econômicas, provocadas pela globalização, foram muito grandes.

"O presidente não tinha de passar o dia inteiro olhando para a telinha, para ver as expectativas. [Hoje] tem de se governar o tempo todo olhando para ver o que está acontecendo aqui, ali."

FHC fez um balanço positivo dos oito anos de governo e disse que em sua gestão o país apresentou importantes resultados na área social, segundo ele porque houve uma focalização na política social, sem restrições orçamentárias aos gastos na área.

Após a palestra, FHC visitou o ex-governador Marcello Alencar, que se recupera de um derrame sofrido há cerca de seis meses.

Segundo o senador Artur da Távola (PSDB-RJ), que o acompanhou, o presidente disse, em conversa informal, que o deputado José Dirceu seria o chefe da Casa Civil ideal do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. "Não se trata de uma sugestão, mas de uma opinião do presidente. Isso é o que ele acha, devido à capacidade de articulação e realização do Dirceu", disse Távola.

O senador afirmou que, após a posse de Lula, FHC planeja viajar por três meses à Europa e aos EUA. Segundo Távola, ele quer terminar o livro que está escrevendo sobre sua vivência política.

Ao deixar o prédio onde mora Alencar, FHC foi presenteado com um colar havaiano por Maria Garrido Ernany, de dez anos, que estava fazendo uma festa de aniversário com motivos havaianos.
 

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