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08/12/2002
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05h05
"Não vivi em um campo de concentração. Acho que não. Mas em um presídio, sim."
Assim define o ex-aprendiz do Windhuk Horst Jüdes o período em que esteve no campo de concentração de Guaratinguetá.
Assim como os demais prisioneiros, ele conta que, na época, foi isolado e proibido de enviar mensagens para familiares na Alemanha. No início da viagem, ele tinha apenas 16 anos. Embora tenha sido obrigado a trabalhar na lavoura, ele diz acreditar que a vida nos campos de concentração do Brasil era melhor do que na Alemanha durante a guerra.
"Depois que tudo acabou, o país era bom, as pessoas bonitas e a natureza impressionante. Quase todo mundo acabou ficando porque aqui havia mais chance de sobrevivência do que na Alemanha do pós-guerra'', afirma ele, que ainda carrega um sotaque forte alemão, mas se diz brasileiro por adoção. Como conseguiu um emprego para se sustentar, escreveu uma carta para a família avisando que não ia voltar mais.
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"Não vivi num campo, mas em um presídio"
daFolha Vale"Não vivi em um campo de concentração. Acho que não. Mas em um presídio, sim."
Assim define o ex-aprendiz do Windhuk Horst Jüdes o período em que esteve no campo de concentração de Guaratinguetá.
Assim como os demais prisioneiros, ele conta que, na época, foi isolado e proibido de enviar mensagens para familiares na Alemanha. No início da viagem, ele tinha apenas 16 anos. Embora tenha sido obrigado a trabalhar na lavoura, ele diz acreditar que a vida nos campos de concentração do Brasil era melhor do que na Alemanha durante a guerra.
"Depois que tudo acabou, o país era bom, as pessoas bonitas e a natureza impressionante. Quase todo mundo acabou ficando porque aqui havia mais chance de sobrevivência do que na Alemanha do pós-guerra'', afirma ele, que ainda carrega um sotaque forte alemão, mas se diz brasileiro por adoção. Como conseguiu um emprego para se sustentar, escreveu uma carta para a família avisando que não ia voltar mais.
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