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17/12/2002
-
06h43
Colunista da Folha de S.Paulo
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
O convite do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para que o cantor e compositor Gilberto Gil seja ministro da Cultura pode vir a ser mais uma crise para o PT no processo de transição. Ontem, Frei Betto, coordenador de mobilização social do Fome Zero e amigo de Lula, criticou a escolha.
"Respeito o Gil, um dos maiores talentos da música brasileira, mas existe um grupo no PT que há 13 anos elabora a política cultural no partido. Gostaria que esse grupo indicasse alguém para o ministério. Eu preferia o Antonio Cândido no cargo", disse.
Lula e Gil se encontraram ontem à noite no DirecTV Music Hall, em São Paulo. O cantor comentou a declaração de Frei Beto: "É opinião dele, Frei Beto, e do partido. Não parece ser a do presidente. Aliás, ele [Lula] não é o presidente do PT; agora, ele é presidente do Brasil".
Gil disse ainda que só aceitará o convite se puder continuar a exercer suas atividades profissionais. "Eu não tenho uma poupança que me permita passar quatro anos vivendo com R$ 8 mil [o salário de ministro é de R$ 8.500]." O cantor diz que levou o problema a Lula, que estaria estudando a questão. "Acho que a tradição natural indica que eu poderei conciliar as duas coisas."
Antes do encontro com Lula ontem, Gil teria telefonado a lideranças do PT na área de cultura dizendo estar disposto a trabalhar em conjunto. A Folha apurou que José Dirceu, futuro ministro da Casa Civil, afirmou a alguns grupos do PT na área que Lula apenas manifestou a Gil o desejo de tê-lo no ministério, mas deixou aberta a possibilidade de a pasta da Cultura ser incluída em uma negociação política.
Veja também o especial Governo Lula
Frei Betto ataca escolha de Gil para a Cultura
MÔNICA BERGAMOColunista da Folha de S.Paulo
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo
O convite do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para que o cantor e compositor Gilberto Gil seja ministro da Cultura pode vir a ser mais uma crise para o PT no processo de transição. Ontem, Frei Betto, coordenador de mobilização social do Fome Zero e amigo de Lula, criticou a escolha.
"Respeito o Gil, um dos maiores talentos da música brasileira, mas existe um grupo no PT que há 13 anos elabora a política cultural no partido. Gostaria que esse grupo indicasse alguém para o ministério. Eu preferia o Antonio Cândido no cargo", disse.
Lula e Gil se encontraram ontem à noite no DirecTV Music Hall, em São Paulo. O cantor comentou a declaração de Frei Beto: "É opinião dele, Frei Beto, e do partido. Não parece ser a do presidente. Aliás, ele [Lula] não é o presidente do PT; agora, ele é presidente do Brasil".
Gil disse ainda que só aceitará o convite se puder continuar a exercer suas atividades profissionais. "Eu não tenho uma poupança que me permita passar quatro anos vivendo com R$ 8 mil [o salário de ministro é de R$ 8.500]." O cantor diz que levou o problema a Lula, que estaria estudando a questão. "Acho que a tradição natural indica que eu poderei conciliar as duas coisas."
Antes do encontro com Lula ontem, Gil teria telefonado a lideranças do PT na área de cultura dizendo estar disposto a trabalhar em conjunto. A Folha apurou que José Dirceu, futuro ministro da Casa Civil, afirmou a alguns grupos do PT na área que Lula apenas manifestou a Gil o desejo de tê-lo no ministério, mas deixou aberta a possibilidade de a pasta da Cultura ser incluída em uma negociação política.
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