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19/12/2002 - 06h16

Esquerda teve crescimento na segunda gestão de FHC

da Folha de S.Paulo

A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o resultado do forte avanço da esquerda no final da era FHC.

Desde o fim do bipartidarismo, em 1979, os partidos de esquerda vinham ampliando pouco a pouco sua presença no Congresso e nos governos e legislativos estaduais e municipais. A desvalorização do real e a crise subsequente, porém, aceleraram muito essa tendência.

De 1982 a 1998, as legendas com perfil socialista aumentaram suas bancadas na Câmara de 6,5% para 22,3%; de 1998 para 2002, essa proporção saltou para 31,4%. Pela primeira vez no período, a esquerda superou a soma das bancadas do PMDB e PSDB (28,3%), partidos de centro, e a direita representada pelo PFL e PPB (25,9%).

Esse crescimento, porém, não foi uniforme. Até a eleição de 1990, a maior legenda da esquerda era o PDT, que elegeu três governadores e 9,1% dos deputados federais, contra nenhum governador e 7,0% da Câmara pelo PT. Apesar disso, em 1989 Lula já tinha superado Brizola na eleição presidencial, mas por pequena margem (17,2% a 16,5% dos votos válidos).

Em 1994, porém, o PT abriu larga vantagem sobre o PDT. Lula voltou a ficar em segundo na eleição presidencial (27,0% dos válidos), enquanto Brizola despencava para o quinto lugar (3,2% dos válidos), menos que Enéas Carneiro (7,4%) e Orestes Quércia (4,4%).

Naquele ano, os petistas elegeram 9,6% dos deputados federais, enquanto os pedetistas caíram para 6,6%. Essa distância se ampliou em 1998 (11,3% a 4,9%) e neste ano (17,7% a 4,1%).

A novidade da eleição deste ano é que o PSB de Miguel Arraes e Anthony Garotinho assumiu a posição de segundo maior partido da esquerda: elegeu 22 deputados federais, contra 21 do PDT, e quatro governadores, contra apenas um pedetista.
 

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