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20/12/2002
-
15h09
da Agência Folha, em Porto Alegre
A economista Dilma Rousseff, 55, era secretária de Energia, Minas e Comunicação do governo petista de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul até ser chamada para trabalhar na transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ela ocupou a mesma secretaria na gestão do ex-governador Alceu Collares (de 1991 a 1994), com quem nunca manteve um bom relacionamento. Foi o primeiro nome técnico confirmado na equipe de transição.
Dilma diz que começa a viver, atuando na transição de Lula, aquilo que considera o sonho político de uma geração de militantes de esquerda no Brasil: a possibilidade de participar de um governo que, segundo ela, será capaz de recolocar o país no caminho do desenvolvimento sustentado.
Ex-militante do PDT e secretária de Collares, Dilma já foi "Estela", "Wanda" e "Patrícia" nos tempos em que era perseguida pelo regime militar e se escondia sob o disfarce de codinomes.
Mineira de nascimento e gaúcha de adoção, saiu do PDT e entrou para o PT em 2001, na esteira do racha da aliança pedetista e petista, quando se iniciava o governo de Olívio. Com os outros ex-pedetistas convertidos ao PT, fundou uma tendência trabalhista no partido.
Sua indicação para a equipe de transição não chegou a ser uma surpresa. No horário eleitoral gratuito, Lula apresentava o seu programa de governo como se estivesse em uma sala de trabalho, acompanhado de técnicos responsáveis pelo plano de governo. Na condição de colaboradora para o campo energético, a secretária gaúcha era uma das técnicas que aparecia quase diariamente.
Dilma sempre foi considerada um dos quadros mais qualificados do PDT. A mesma opinião é tida pelos petistas do atual governo gaúcho. Energia e telefonia eram temas estratégicos no governo de Olívio, pois carregavam a polêmica das privatizações na gestão anterior, de Antônio Britto (1995-1998).
Dilma usou sua capacidade de articulação com os governos estadual e federal e com investidores nacionais e estrangeiros para garantir investimentos em obras que evitaram cortes programados no Estado. Nacionalmente, ela fala em evitar o apagão e levar energia elétrica para quem atualmente não tem acesso a ela.
Futura ministra de Energia foi 1º nome técnico da transição do PT
LÉO GERCHMANNda Agência Folha, em Porto Alegre
A economista Dilma Rousseff, 55, era secretária de Energia, Minas e Comunicação do governo petista de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul até ser chamada para trabalhar na transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ela ocupou a mesma secretaria na gestão do ex-governador Alceu Collares (de 1991 a 1994), com quem nunca manteve um bom relacionamento. Foi o primeiro nome técnico confirmado na equipe de transição.
Dilma diz que começa a viver, atuando na transição de Lula, aquilo que considera o sonho político de uma geração de militantes de esquerda no Brasil: a possibilidade de participar de um governo que, segundo ela, será capaz de recolocar o país no caminho do desenvolvimento sustentado.
Ex-militante do PDT e secretária de Collares, Dilma já foi "Estela", "Wanda" e "Patrícia" nos tempos em que era perseguida pelo regime militar e se escondia sob o disfarce de codinomes.
Mineira de nascimento e gaúcha de adoção, saiu do PDT e entrou para o PT em 2001, na esteira do racha da aliança pedetista e petista, quando se iniciava o governo de Olívio. Com os outros ex-pedetistas convertidos ao PT, fundou uma tendência trabalhista no partido.
Sua indicação para a equipe de transição não chegou a ser uma surpresa. No horário eleitoral gratuito, Lula apresentava o seu programa de governo como se estivesse em uma sala de trabalho, acompanhado de técnicos responsáveis pelo plano de governo. Na condição de colaboradora para o campo energético, a secretária gaúcha era uma das técnicas que aparecia quase diariamente.
Dilma sempre foi considerada um dos quadros mais qualificados do PDT. A mesma opinião é tida pelos petistas do atual governo gaúcho. Energia e telefonia eram temas estratégicos no governo de Olívio, pois carregavam a polêmica das privatizações na gestão anterior, de Antônio Britto (1995-1998).
Dilma usou sua capacidade de articulação com os governos estadual e federal e com investidores nacionais e estrangeiros para garantir investimentos em obras que evitaram cortes programados no Estado. Nacionalmente, ela fala em evitar o apagão e levar energia elétrica para quem atualmente não tem acesso a ela.
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