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20/12/2002
-
15h11
da Agência Folha, em Salvador
Derrotado nas duas eleições para o Executivo que disputou _Prefeitura de Camaçari e governo do Estado_, o deputado Jaques Wagner (PT), 51, foge à regra dos políticos que fazem oposição ao principal líder político da Bahia, o senador eleito Antonio Carlos Magalhães (PFL), 75.
Integrante da ala moderada do PT, o carioca Wagner tem trânsito livre com o PFL estadual. "Em todas as oportunidades que conversamos, o deputado mostrou que é um político hábil e competente, bem diferente da maioria dos seus colegas, que fazem oposição sistemática ao meu grupo", disse ACM.
Ativista político a partir do movimento estudantil de 68, Jaques Wagner abandonou o curso de engenharia da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro para trabalhar no Pólo Petroquímico de Camaçari (região metropolitana de Salvador).
Ex-presidente do Sindiquímica (Sindicato dos Químicos e Petroquímicos) da Bahia, Jaques Wagner ingressou na vida pública em 1990, quando se elegeu deputado federal pela primeira vez.
Vice-líder do PT entre 93 e 97, Wagner foi o primeiro parlamentar a propor a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as denúncias contra o Orçamento da União. Instalada em 93, a CPI provocou cassações e renúncias de dez deputados.
Casado, três filhos, o futuro ministro do Trabalho disputou a Prefeitura de Camaçari, seu reduto eleitoral, em 2000. Após as apurações, a decepção _Jaques Wagner obteve apenas 31% dos votos e o PT elegeu apenas um vereador no município.
Depois de vencer a disputa interna do partido para a escolha do candidato ao Palácio de Ondina (residência oficial do governo baiano), Wagner surpreendeu nas urnas.
Em um Estado controlado politicamente por Antonio Carlos Magalhães, o candidato petista ficou com 38,5% dos votos válidos e impôs uma derrota histórica ao governador eleito Paulo Souto (PFL), 59, em Salvador _Jaques Wagner obteve 626.515 votos (56,9%), contra 403.179 (36,6%) dados a Souto na capital.
Sem mandato eleitoral a partir de janeiro, Wagner é o candidato natural do PT para a disputa da Prefeitura de Salvador, em 2004. No entanto, para disputar a sucessão do prefeito Antonio Imbassahy (PFL), Wagner terá de vencer mais uma disputa interna no PT _o deputado federal Nelson Pellegrino também já demonstrou sua intenção de ser candidato.
Indicado para a pasta do Trabalho integra ala moderada do PT
LUIZ FRANCISCOda Agência Folha, em Salvador
Derrotado nas duas eleições para o Executivo que disputou _Prefeitura de Camaçari e governo do Estado_, o deputado Jaques Wagner (PT), 51, foge à regra dos políticos que fazem oposição ao principal líder político da Bahia, o senador eleito Antonio Carlos Magalhães (PFL), 75.
Integrante da ala moderada do PT, o carioca Wagner tem trânsito livre com o PFL estadual. "Em todas as oportunidades que conversamos, o deputado mostrou que é um político hábil e competente, bem diferente da maioria dos seus colegas, que fazem oposição sistemática ao meu grupo", disse ACM.
Ativista político a partir do movimento estudantil de 68, Jaques Wagner abandonou o curso de engenharia da PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro para trabalhar no Pólo Petroquímico de Camaçari (região metropolitana de Salvador).
Ex-presidente do Sindiquímica (Sindicato dos Químicos e Petroquímicos) da Bahia, Jaques Wagner ingressou na vida pública em 1990, quando se elegeu deputado federal pela primeira vez.
Vice-líder do PT entre 93 e 97, Wagner foi o primeiro parlamentar a propor a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as denúncias contra o Orçamento da União. Instalada em 93, a CPI provocou cassações e renúncias de dez deputados.
Casado, três filhos, o futuro ministro do Trabalho disputou a Prefeitura de Camaçari, seu reduto eleitoral, em 2000. Após as apurações, a decepção _Jaques Wagner obteve apenas 31% dos votos e o PT elegeu apenas um vereador no município.
Depois de vencer a disputa interna do partido para a escolha do candidato ao Palácio de Ondina (residência oficial do governo baiano), Wagner surpreendeu nas urnas.
Em um Estado controlado politicamente por Antonio Carlos Magalhães, o candidato petista ficou com 38,5% dos votos válidos e impôs uma derrota histórica ao governador eleito Paulo Souto (PFL), 59, em Salvador _Jaques Wagner obteve 626.515 votos (56,9%), contra 403.179 (36,6%) dados a Souto na capital.
Sem mandato eleitoral a partir de janeiro, Wagner é o candidato natural do PT para a disputa da Prefeitura de Salvador, em 2004. No entanto, para disputar a sucessão do prefeito Antonio Imbassahy (PFL), Wagner terá de vencer mais uma disputa interna no PT _o deputado federal Nelson Pellegrino também já demonstrou sua intenção de ser candidato.
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