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23/12/2002
-
19h25
da Agência Folha, em Porto Alegre
Definindo-se como "um político por natureza e não por profissão", o futuro ministro Olívio Dutra (PT), 61, atual governador do Rio Grande do Sul, assumiu antes a Prefeitura de Porto Alegre, entre 1989 e 1992.
Com toda a sua despretensão, foi o único petista, portanto, a atingir os dois cargos executivos mais importantes do Estado.
Fundador do PT em 1979, no seu currículo constam atividades classistas e a atuação como deputado federal constituinte, entre 1987 e 1990, quando dividiu apartamento com o hoje presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Os contatos entre os dois, segundo a assessoria de Olívio, são vários, diários e reservados.
A principal polêmica em que se envolveu ficou reservada para o período em que governou o Estado. Na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Segurança Pública, foi acusado de ser complacente com o jogo do bicho, acusação pela qual ainda é investigado.
Pai de Espártaco, 33, e Laura, 31, Olívio nasceu no dia 10 de junho de 1941, em Bossoroca (RS), onde ensinou os pais, os ''agricultores sem-terra'' Cassiano Xavier Dutra e Amélia de Oliveira Dutra, a ler e escrever.
Formado em Letras pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e especializado em língua inglesa, foi funcionário do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) desde 1961. Em 1970, mudou-se para Porto Alegre, como consequência de uma transferência interna no banco.
Cinco anos depois, foi eleito presidente do Sindicato dos Bancários e reeleito em 1978. Nessa condição, liderou a primeira greve de trabalhadores no Rio Grande do Sul durante o regime militar, o que o levou a ser preso e ter seu mandato cassado. Como dirigente bancário, foi um dos fundadores da CUT.
Após fundar o PT, exerceu a presidência estadual do partido até 1986. Em 1987, foi eleito presidente nacional. Cinco anos depois, candidatou-se ao governo do Estado, obtendo apenas 50.713 votos.
Em 1986, Olívio se elegeu deputado federal constituinte, com 54.466 votos. Em 1988, elegeu-se prefeito de Porto Alegre, com 247.517 votos (34,34% dos votos), inaugurando a atual sequência de administrações petistas na capital.
Uma curiosidade na época: Olívio terminou seu mandato como prefeito em 31 de dezembro de 1992 e no dia 2 de janeiro de 1993 retornou para sua atividade de bancário no Banrisul, agência Passo D'areia _zona norte de Porto Alegre.
Em 1994, foi candidato ao governo do Estado, em uma eleição disputada, na qual perdeu a disputa para Antônio Britto (PMDB, hoje no PPS) no segundo turno.
Em julho de 1996 Olívio de aposentou no Banrisul e passou a se dedicar integralmente à vida partidária. Passados dois anos, ele disputou nova eleição acirrada com Britto e foi eleito governador, novamente no segundo turno.
Veja também o especial Governo Lula
Ministro das Cidades ocupou os dois cargos mais importantes do RS
LÉO GERCHMANNda Agência Folha, em Porto Alegre
Definindo-se como "um político por natureza e não por profissão", o futuro ministro Olívio Dutra (PT), 61, atual governador do Rio Grande do Sul, assumiu antes a Prefeitura de Porto Alegre, entre 1989 e 1992.
Com toda a sua despretensão, foi o único petista, portanto, a atingir os dois cargos executivos mais importantes do Estado.
Fundador do PT em 1979, no seu currículo constam atividades classistas e a atuação como deputado federal constituinte, entre 1987 e 1990, quando dividiu apartamento com o hoje presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Os contatos entre os dois, segundo a assessoria de Olívio, são vários, diários e reservados.
A principal polêmica em que se envolveu ficou reservada para o período em que governou o Estado. Na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Segurança Pública, foi acusado de ser complacente com o jogo do bicho, acusação pela qual ainda é investigado.
Pai de Espártaco, 33, e Laura, 31, Olívio nasceu no dia 10 de junho de 1941, em Bossoroca (RS), onde ensinou os pais, os ''agricultores sem-terra'' Cassiano Xavier Dutra e Amélia de Oliveira Dutra, a ler e escrever.
Formado em Letras pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e especializado em língua inglesa, foi funcionário do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) desde 1961. Em 1970, mudou-se para Porto Alegre, como consequência de uma transferência interna no banco.
Cinco anos depois, foi eleito presidente do Sindicato dos Bancários e reeleito em 1978. Nessa condição, liderou a primeira greve de trabalhadores no Rio Grande do Sul durante o regime militar, o que o levou a ser preso e ter seu mandato cassado. Como dirigente bancário, foi um dos fundadores da CUT.
Após fundar o PT, exerceu a presidência estadual do partido até 1986. Em 1987, foi eleito presidente nacional. Cinco anos depois, candidatou-se ao governo do Estado, obtendo apenas 50.713 votos.
Em 1986, Olívio se elegeu deputado federal constituinte, com 54.466 votos. Em 1988, elegeu-se prefeito de Porto Alegre, com 247.517 votos (34,34% dos votos), inaugurando a atual sequência de administrações petistas na capital.
Uma curiosidade na época: Olívio terminou seu mandato como prefeito em 31 de dezembro de 1992 e no dia 2 de janeiro de 1993 retornou para sua atividade de bancário no Banrisul, agência Passo D'areia _zona norte de Porto Alegre.
Em 1994, foi candidato ao governo do Estado, em uma eleição disputada, na qual perdeu a disputa para Antônio Britto (PMDB, hoje no PPS) no segundo turno.
Em julho de 1996 Olívio de aposentou no Banrisul e passou a se dedicar integralmente à vida partidária. Passados dois anos, ele disputou nova eleição acirrada com Britto e foi eleito governador, novamente no segundo turno.
Veja também o especial Governo Lula
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