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02/01/2003
-
19h06
da Folha Online, em Brasília
A primeira medida do Ministério da Saúde do governo de Luiz Inácio Lula da Silva será o combate a uma eventual epidemia de dengue. Ao assumir o ministério, o médico Humberto Costa, 45, afirmou que é necessário, de forma urgente, monitorar os possíveis casos de dengue no país.
No ano passado, o Brasil enfrentou uma das piores crises da doença na história do país. "Tudo indica que ela terá uma menor dimensão neste ano", disse o ministro. O fracasso no combate à doença foi admitido pelo ex-ministro Barjas Negri, que assumiu a pasta após a saída de José Serra para a disputa das eleições presidenciais. "Não conseguimos vencer essa guerra", afirmou.
Para minimizar possíveis efeitos de uma epidemia, o ministro e funcionários do ministério se reúnem a partir de amanhã para definir um processo de monitoramento da doença nos primeiros três meses do ano.
Entretanto, apesar da urgência do combate à dengue definida pelo ministro, a medida mais importante do ministério será a melhoria e a ampliação do acesso ao SUS (Sistema Único de Saúde). "Isso implica em levar o atendimento do SUS até perto das pessoas, em ampliar o programa de saúde da família, como também melhorar a qualidade do atendimento e procurar enfrentar problemas como as filas, o mal atendimento que é dado à população, além e ampliar o acolhimento e fazer com que cada cidadão que procure o SUS tenha uma resposta para o seu problema", disse Humberto Costa.
Para viabilizar essas medidas, o ministro revelou que poderá contar com receitas adicionais previstas no orçamento para a área de saúde. Caso essas receitas se viabilizem, uma das prioridades do governo Lula será investir na infra-estrutura do sistema de saúde.
Humberto Costa afirmou que dará continuidade aos programas implementados por Serra de combate à Aids, ao tabagismo e prosseguirá com o programa dos medicamentos genéricos. "Serei tão implacável como o ministro Serra no combate ao tabagismo", afirmou sob aplausos do público que lotava o auditório do ministério.
Outra medida importante da gestão do ministro será negociar com os laboratórios farmacêuticos uma nova política de controle de preços dos medicamentos. Para isso, o governo Lula acertou com as indústrias o congelamento dos preços até março deste ano, quando os remédios aumentarão 8,6%. Depois disso, os valores ficam novamente congelados até o final de junho, mês em que o governo espera ter definido a nova fórmula de reajuste dos preços.
Durante os primeiros seis meses do ano, o ministro terá reuniões e conversas com representantes das indústrias farmacêuticas. O objetivo do ministério, segundo ele, será implementar uma política consensual. Caso indústrias e governo não concordem e não cheguem a uma conclusão nos seis meses de negociação, Humberto Costa garantiu que a política de governo prevalecerá.
Combate à dengue será prioridade inicial da Saúde, diz ministro
FELIPE FREIREda Folha Online, em Brasília
A primeira medida do Ministério da Saúde do governo de Luiz Inácio Lula da Silva será o combate a uma eventual epidemia de dengue. Ao assumir o ministério, o médico Humberto Costa, 45, afirmou que é necessário, de forma urgente, monitorar os possíveis casos de dengue no país.
No ano passado, o Brasil enfrentou uma das piores crises da doença na história do país. "Tudo indica que ela terá uma menor dimensão neste ano", disse o ministro. O fracasso no combate à doença foi admitido pelo ex-ministro Barjas Negri, que assumiu a pasta após a saída de José Serra para a disputa das eleições presidenciais. "Não conseguimos vencer essa guerra", afirmou.
Para minimizar possíveis efeitos de uma epidemia, o ministro e funcionários do ministério se reúnem a partir de amanhã para definir um processo de monitoramento da doença nos primeiros três meses do ano.
Entretanto, apesar da urgência do combate à dengue definida pelo ministro, a medida mais importante do ministério será a melhoria e a ampliação do acesso ao SUS (Sistema Único de Saúde). "Isso implica em levar o atendimento do SUS até perto das pessoas, em ampliar o programa de saúde da família, como também melhorar a qualidade do atendimento e procurar enfrentar problemas como as filas, o mal atendimento que é dado à população, além e ampliar o acolhimento e fazer com que cada cidadão que procure o SUS tenha uma resposta para o seu problema", disse Humberto Costa.
Para viabilizar essas medidas, o ministro revelou que poderá contar com receitas adicionais previstas no orçamento para a área de saúde. Caso essas receitas se viabilizem, uma das prioridades do governo Lula será investir na infra-estrutura do sistema de saúde.
Humberto Costa afirmou que dará continuidade aos programas implementados por Serra de combate à Aids, ao tabagismo e prosseguirá com o programa dos medicamentos genéricos. "Serei tão implacável como o ministro Serra no combate ao tabagismo", afirmou sob aplausos do público que lotava o auditório do ministério.
Outra medida importante da gestão do ministro será negociar com os laboratórios farmacêuticos uma nova política de controle de preços dos medicamentos. Para isso, o governo Lula acertou com as indústrias o congelamento dos preços até março deste ano, quando os remédios aumentarão 8,6%. Depois disso, os valores ficam novamente congelados até o final de junho, mês em que o governo espera ter definido a nova fórmula de reajuste dos preços.
Durante os primeiros seis meses do ano, o ministro terá reuniões e conversas com representantes das indústrias farmacêuticas. O objetivo do ministério, segundo ele, será implementar uma política consensual. Caso indústrias e governo não concordem e não cheguem a uma conclusão nos seis meses de negociação, Humberto Costa garantiu que a política de governo prevalecerá.
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