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02/01/2003 - 21h44

Leia a íntegra do discurso do ministro da Defesa, José Viegas Filho

da Folha Online

Leia a íntegra do discurso do ministro da Defesa, José Viegas Filho.

"As minhas primeiras palavras são de agradecimento ao senhor Presidente da República por ter-me designado Ministro da Defesa do Brasil. O senhor Presidente sabe que contará com a minha máxima dedicação e lealdade.

Sucedo neste cargo o Ministro Geraldo Quintão, que soube conduzir os assuntos da Defesa com o seu conhecido preparo intelectual e tirocínio. Sou grato ao Ministro Quintão por passar-me um Ministério em excelente condição política e administrativa, o que reflete a qualidade da sua gestão. (Obrigado, Ministro Quintão. A nossa amizade perdurará)

Assumo o Ministério da Defesa como um amigo das Forças Armadas e seu representante junto à liderança política do país. Chego a este cargo exatamente por isso. O senhor Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas confia em que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas saberão ampliar e aperfeiçoar o histórico de bons serviços que os militares de nosso País com suas grandes virtudes de patriotismo e abnegação têm prestado à nação brasileira.

O Governo do Brasil tem a firme e explícita determinação de prestigiar e valorizar as Forças Armadas. Cabe a mim, como seu Ministro, buscar que esse propósito se torne realidade. Cabe a nós Ministério da Defesa e forças militares trabalhar com afinco e dedicação para corresponder a essa decisão do Governo e para elevar sempre e mais a grandeza nacional.


A missão número um das nossas Forças Armadas é defender a nossa soberania e a nossa integridade territorial. Para isso é necessário que os nossos efetivos estejam devidamente preparados, aparelhados e adestrados, de forma que a dissuasão seja sempre e convincentemente o elemento básico da estratégia brasileira de defesa.

Felizmente mantemos relações de paz, amizade e cooperação com todos os nossos vizinhos por mais de um século. E todos os brasileiros temos plena consciência de que passaremos outros cem anos em paz e harmonia com eles.

Mas isso não significa e todos os estudiosos dos assuntos de defesa e de relações internacionais estão de acordo nesse ponto que devamos cruzar os braços e ficar passivos diante da evolução do mundo. Afinal, a fraqueza pode ser tão nociva para a paz quanto a força.

As nossas Forças Armadas devem ser modernas e ágeis, bem equipadas e bem administradas, e o Ministro da Defesa, com o apoio dos Comandantes das Forças singulares, zelará para que essa seja a nossa realidade.

É justo reconhecer o espírito público e a devoção do militar brasileiro à nossa pátria, motivo de orgulho para todos nós. A ética, o amor incondicional ao Brasil e a disposição de servir ao bem comum por sobre os interesses particulares são os seus traços característicos. É natural, portanto, a satisfação que sinto ao assumir o Ministério da Defesa.

As Forças Armadas brasileiras constituem hoje uma instituição exemplarmente imbuída de valores democráticos. Em termos práticos, elas operaram no conceito de "segurança nacional" uma transformação importante e crucial, substituindo a preocupação excessiva com a segurança do aparelho do Estado por uma atenção vinculada propriamente à segurança da nação, que prestigia os cidadãos e a sua escolha dos destinos políticos do país.

Os nossos militares sabem bem que uma nação forte tem de ser uma nação sadia e homogênea, e não um país batido pela pobreza e pela exclusão social. Assim, as nossas Forças Armadas têm tido um papel importante, embora muitas vezes pouco divulgado e reconhecido, no desenvolvimento social do nosso povo, sobretudo nos lugares mais remotos, onde os serviços normais aos quais estamos acostumados quase não chegam, onde o médico e o dentista são militares e onde a professora é a esposa de um militar. Daqui envio a minha saudação a estes abnegados brasileiros que sacrificam o seu conforto para bem servir o País e as populações carentes.

Agora que se inicia um Governo diretamente comprometido com a elevação do nível de vida do nosso povo, as Forças Armadas sem prejuízo da sua função principal, que é a salvaguarda da nossa soberania dedicar-se-ão, com desvelo, à nobre tarefa de apoiar o desenvolvimento social do nosso País.

Apoiado na lealdade, no profissionalismo e na competência das nossas forças de defesa a começar pelos seus novos Comandantes, que eu saúdo e que prestarão inestimável contribuição nesta nova etapa consideraremos com espírito elevado todas as questões relevantes para a defesa do Brasil.

Este é um momento em que se acende bem viva a chama da esperança. Façamos, com o nosso trabalho conjunto, sincero e resoluto, que a nossa esperança, a esperança da nação brasileira, seja realizada. Para tanto, cada um de nós deve dar o melhor de si para formarmos uma Pátria mais forte e mais justa. Contem sempre com a minha parcela de contribuição.

Viva o Brasil!
 

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