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03/01/2003 - 17h50

Leia íntegra do discurso de Cristovam Buarque, ministro da Educação

da Folha Online

Ao tomar posse como ministro da Educação, Cristovam Buarque, senador eleito pelo PT-DF, disse que não queria perder sua capacidade de ser rebelde, enquanto estiver à frente do cargo.

Leia a íntegra:

"Eu não quero perder a minha capacidade de ser rebelde. Então, ao invés de fazer um discurso comum, sem fazer referência às autoridades, eu vou fazer apenas as referências às autoridades.

A primeira referência é o meu agradecimento, em meu nome, em nome do presidente Lula, ao ministro Paulo Renato, por ter dedicado oito anos de sua vida ao trabalho pela Educação. Oito anos que cada um de nós, muitas vezes, usa para outras atividades, ele escolheu, colaborando com o presidente Fernando Henrique Cardoso ao dedicar-se à Educação.

Eu pego um ministério que não está parado. Impossível não reconhecer que houve avanços na Educação brasileira nesses oito anos. Agradeço ao sr. ministro o seu trabalho e a sua dedicação. Faço isso em nome do presidente Lula, com quem eu conversando, falamos de que a Educação está em marcha. E ele me disse: é, no caso da Educação é pisar no acelerador e dobrar à esquerda.

Em segundo lugar, eu quero agradecer aqui a presença do presidente, do comandante Fidel Castro. Quando muito jovem acompanhava as marchas dele, do Che, do Camilo [Sienfuegos, um dos líderes da Revolução Cubana], pela Sierra Maestra. Eu nunca imaginei que estaria aqui um dia, na presença dele, homenageando o cargo que eu assumi.

Eu agradeço muito ao presidente Fidel e quero dizer, que o simbolismo de sua presença aqui é menos o simbolismo de um homem que construiu o socialismo, do que a presença de um homem que nos ensina que a vontade pode fazer a história caminhar.

E essa é a nossa tarefa no Ministério da Educação. Fazer a Educação caminhar sejam quais forem suas limitações financeiras, as dificuldades legais, os impedimentos de todos os tipos. Nós temos que seguir o exemplo daqueles companheiros de Sierra Maestra, não no método, não nos objetivos sociais, procurando um projeto brasileiro, mas devemos seguir nele essa confiança de que a história se faz com a vontade dos homens e daqueles que os lideram.

Quero fazer referência, obviamente, àqueles que ajudaram a me formar. Eu não vi ainda umas duas pessoas que eu soube que estariam aqui presentes. Se não estiverem fica aqui a minha fala. Um é o meu tio Queiroz, que veio de Recife. O outro é o professor que eu tive, no curso primário, é o irmão Afonso, que eu não sei se está aqui... Aqui o irmão Afonso.

Ele agora parece que tem a minha idade, mas foi meu professor no ginásio. Eu agradeço muito o irmão Afonso, que mora em Taguatinga e que agora está aqui comigo.

Fizeram parte também da minha Educação a minha mulher, Gladys, a Júlia e a Paula, o Marcelo, que é meu genro. E fizeram parte da minha Educação todos os amigos, os mais próximos da família, meu irmão Sérgio, minha irmã Vanda, minha irmã Ângela, que estão aqui também e que compuseram a minha Educação.

Quero fazer uma referência agora a um grupo especial de amigos, os que estão lá fora e não conseguiram entrar aqui, eu peço desculpas a vocês, mas ao mesmo tempo eu agradeço, por que vocês encheram o meu ego. Por que nada melhor do que não caber os amigos numa sala.

Mas agora quero fazer referência, com todo respeito às anteriores, ao mais importante: ao analfabeto brasileiro. Quero fazer uma referência aos 20 milhões de brasileiros, que não temos o direito de daqui a quatro anos, termos ainda iletrados. É o desafio que eu assumo aqui.

Tenho muitas razões para estar aqui, feliz, contente e agradecendo ao presidente Lula. Aliás, eu sempre sonhei em ser ministro da Educação. Conversando uma vez com Paulo Renato, eu disse: você tem o cargo que eu gostaria de ter.

Se eu não conseguir que alguém me escolha ministro, eu vou lutar para chegar ao cargo que escolhe o ministro, só para poder ser o ministro. Agora não preciso fazer mais nenhuma disputa para ser quem nomeia o ministro.

Eu cheguei onde eu gostaria na minha vida. Por isso hoje, eu não penso, em absoluto, em ter uma disputa eleitoral no futuro. A minha disputa agora é com história. E com a história para cumprir esse compromisso de termos nesse país, abolido o analfabetismo.

Não é possível que um país que tem a mesma língua, fabrica aviões, tem hidrelétricas, tem tanta riqueza, não consiga fazer com que todos os adultos leiam a língua, que quase todos falam, salvo alguns grupos indígenas. Não é possível.

É uma vergonha, que nós não temos o direito de viver com ela e muito menos de deixá-la para gerações que venham diante de nós. Nós herdamos um Brasil com analfabetos. Mas por favor, não repassemos para os nossos filhos e netos, para gerações futuras, um Brasil com a chaga do analfabetismo.

Esse é o desafio que eu quero convocar todos. Ninguém pode ficar de fora. Quero dizer a cada um daqueles que são ligados ao analfabetismo, como a minha amiga Esther Grossi, que eu quero começar o programa sabendo se há algum analfabeto trabalhando no Ministério da Educação. Se houver nós vamos radicar e eu quero ser o alfabetizador dele.

Eu quero usar as armas que forem necessárias. Se a Esther conseguir que eu seja o alfabetizador, por que ela diz que só consegue ser alfabetizador quem estuda quatro anos e eu quero ser alfabetizador.

Eu quero fazer uma referência depois a outro grupo, ao qual eu vou me dedicar aqui: as crianças brasileiras.

Quando alguns anos atrás, o Ministério da Educação deixou de ter a cultura, mantiveram o 'C' do MEC. Naquela época eu disse: como podemos falar em Educação, se escrevemos errado a sigla do Ministério da Educação. Eu quero dizer que a sigla não está errada: que aquele C na sigla é de 'Criança'; esse é o Ministério da Educação e das Crianças brasileiras.

A Educação começa antes que a criança nasça. Onde houver mulher grávida, ela conte com o MEC para colaborar como futuro aluno que ela está carregando. Essa é uma tarefa do MEC e desde que nasce é tarefa do MEC cuidar para que essa criança, ao entrar na escola, ela não esteja já, atrasada. Descendo o elevador o presidente Fidel me disse uma frase que foi uma das melhores coisas que eu ouvi.

Ele deu a entender na sua frase que hoje o socialismo significa igualdade educacional. Se conseguirmos igualdade na Educação, está construído o socialismo, ainda que se mantenham diferenças salariais.

Ainda que se mantenham diferenças no consumo, conquistadas graças ao uso competente de uma capacidade que se distribuiu igualmente. Essa igualdade começa na primeira infância, mas não é só na primeira infância. Logo depois nós vamos ter que cumprir o programa que o meu partido elaborou, sob a coordenação do professor Newton Lima.

O programa do PT compromete que no dia que a criança fizer quatro anos, a mãe e o pai podem pegá-la pela mão e levá-la que haverá uma cadeira para ela em alguma escola desse Brasil.

Não vamos prometer isso para amanhã nem depois. Mas ao longo dos anos do governo do presidente Lula, nós vamos, Newton, fazer aquilo que você sonhou.

Não é por acaso que aqui nós temos o retrato do Paulo Freire simbolizando o analfabetismo contra o que ele lutou tanto. Não é por acaso que temos o retrato do Anísio Teixeira. Está ali simbolizando toda criança na escola e toda escola com qualidade.

Não vamos sim, fazer uma escola ideal neste país. Não vamos prometer que ela chegará a todos os estados brasileiros, simultaneamente, mas eu não sei quantos governadores aqui estão. Eu vejo o meu amigo e companheiro Jorge [governador Jorge Viana] do Acre.

No Estado, em que o governador quiser, ele entrando com parte dos recursos, nós vamos construir a escola que o Brasil deve aos seus filhos há 500 anos.

Esse é o compromisso desse governo, é o compromisso que nós vamos cumprir. Começaremos nos estados e nas cidades onde os governadores e os prefeitos desejem. E aos poucos vamos fazer com que isso chegue em todas as cidades e a cada brasileiro.

Se dentro de 15 e 20 anos tivermos todos os jovens com 2º grau completo de qualidade, com ensino médio satisfatório pelos padrões internacionais, o Brasil terá construído a sociedade justa que ele deseja. Por que se os governantes, depois que os alunos concluírem seus estudos, se os governantes não fizerem o Brasil bom, eles serão derrubados pelos jovens educados desse país.

Eu aproveito para falar, para o outro grupo, o grupo dos jovens estudantes brasileiros. Não há revolução sem juventude. Não partirá dos professores, dos ministros, do presidente, uma revolução consequente, se nós não tivermos uma mobilização ferrenha.

Dos dois milhões de estudantes universitários que o Brasil tem hoje e que muitas vezes ficam quietos, calados, diante de tantos desacertos, eles que se mobilizaram para derrubar um presidente, que até se mobilizam contra a Alca e o FMI.

Eles têm que se mobilizar contra a fome, a pobreza, contra a falta de Educação, não só dentro da universidade, mas no Brasil inteiro. Eu quero conclamar, desafiar os estudantes brasileiros, a que sejam a vanguarda da revolução que a gente está começando.

Que não descansem, que se mobilizem, que exijam, cobrem, para que esse país consiga caminhar na direção que nós todos temos a esperança que vai seguir nesses próximos anos.

Quero fazer também uma saudação aos professores do Brasil. Cada um dos meus colegas, que carregam difícil atividade, mas atividade tão gostosa de se cumprir. Quero dizer para eles, que não precisam me chamar de ministro. Da mesma maneira que o presidente Lula disse que ele é o servidor público número um, eu sou o professor número um do Brasil hoje.

Eu sou colega dos professores. Eu sou um colega que vai lutar para que a profissão de professor seja a profissão mais respeitada desse país. Quando era menino, não precisava nem ser professor; bastava ser mulher de professor, marido de professora para já ser respeitado.

E hoje a gente não tem esse respeito, porque os salários foram degradados, mas, sobretudo, mais do que por causa dos salários, por que ao embarcar na idéia de que o crescimento econômico como sendo a razão de ser de um país, nós passamos a dar vantagens, possibilidades, tratar como se fossem nossos heróis aos economistas, como Paulo Renato e eu.

Aos engenheiros, aos geólogos, a todas as profissões que como se diz por aí, aumentam o PIB e desprezamos as profissões que em vez de aumentar o PIB, aumentam a inteligência, o saber, a dignidade, a confiança, o respeito, que este país precisa.

Minha saudação também aos servidores administrativos, aqueles sem os quais não há Educação. Por que o professor sozinho não é capaz de abrir, de manhã cedo a escola, manter a escola limpa, cuidar da merenda dos alunos.

Só com o apoio dos servidores é que é possível a Educação funcionar. Eu me considero colega também desses servidores. Contem comigo como servidor número um da Educação, da mesma maneira que o Presidente é o servidor número um de todos nós.

Quero saudar aqui os muitos reitores que vejo, meus colegas reitores. Quero dizer para eles que vocês vão ter em mim um aliado também. Não é por acaso que eu coloquei aqui a foto do Anísio para simbolizar a boa Educação do ensino básico, coloquei o nosso grande Paulo Freire para simbolizar o analfabetismo; eu coloquei Darcy Ribeiro para simbolizar e significar a nova Educação que o Brasil precisa. Eu quero sim ser o auxiliar do presidente Lula para conseguir que o metalúrgico deixe a sua marca na universidade brasileira.

Que aquele operário, cujo diploma único é de Presidente, esse operário faça com que o diploma de todos os universitários daqui para frente, seja um diploma com mais valor do que tem hoje.

Para isso nós vamos precisar enfrentar as emergências que a universidade vê. Não podemos ignorar isso. Mas nós vamos enfrentar o desafio de inventar uma nova universidade. Porque não é só o Brasil que precisa de uma nova universidade, o mundo inteiro anseia por uma universidade nova.

As universidades inventadas há mil anos fizeram as últimas reformas há 30 anos, ainda não estão sintonizadas por um lado com o avanço técnico e do conhecimento que a globalização provoca numa velocidade alucinante, e as universidades ficando para trás. E elas não estão sintonizadas com a luta contra a exclusão social que no Brasil, nós vamos iniciar para levar ao mundo inteiro.

A universidade tem que se modificar. Ela tem que descobrir uma forma de avançar mais rápido no conhecimento. E tem que inventar maneiras de submeter os seus currículos com toda liberdade, mas com ética. E ética significa não esquecer os pobres que estão fora dela.

Esse é um desafio que eu quero compartir com os reitores. Esse é um desafio que eu quero compartir com os alunos e servidores da universidade. E eu acho que nós temos tudo para sairmos na frente do mundo inteiro nessa luta.

Quero cumprimentar diversos diplomatas, representantes de organismos internacionais, como meu amigo representante do Banco Mundial, para dizer que eu preciso de vocês não apenas do ponto de vista que todos pensam: que são os recursos financeiros. Não, eu preciso de vocês, sobretudo, como fiscais do que a gente faz, como colaboradores com que a gente faz.

Quero agradecer a uma pessoa que está aqui presente, que vai ter um papel importante na minha vida e na minha permanência aqui no MEC. Meu suplente Eurípides Camargo.

Companheiro do meu partido e que eu posso dizer de público, votei nele em 86 e 90, eu creio, quando podia dizer em quem votava (depois fui candidato e não pude mais dizer). Eu me sinto honrado de tê-lo como meu substituto no Senado enquanto o presidente Lula quiser.

Hoje pela manhã, eu dizia que desejava a ele que ele ficasse muito tempo no Senado, porque eu quero ficar aqui o tempo que for preciso para cumprir as nossas metas. Provavelmente não vou conseguir ficar tanto quanto Paulo Renato, aí já é sobrevivência demais.

E para não ficar cansando vocês eu quero falar aqui a um grupo especial: as mulheres brasileiras.

Não há Educação se nós não temos as mulheres educadas. Um pai educado não consegue necessariamente fazer com que um filho seja educado. Mas não tem uma mãe educada cujo filho não estude. Por isso educar o Brasil significa especialmente atrair as mulheres para essa, que alguns consideram sina, eu considero privilégio, de serem motor da Educação do futuro do país.

Se nesse país os governantes governassem com a lógica feminina, nós já teríamos todas as crianças na escola. Se nesse país fossem os homens que carregassem lata d'água na cabeça, nós já teríamos água e esgoto em todas as casas do Brasil.

Mas quem carrega lata d'água na cabeça é a mulher ou a criança, e os homens ficam até mais um pouquinho de tempo na escola. Quero fazer um apelo para que nós juntos possamos fazer com que nesse país a nossa Educação, alfabetização, o ensino médio, tudo dê mais prioridade às mulheres, porque se dermos a elas, os homens filhos delas serão educados logo também. É mais eficiente. A luta contra a pobreza começa através de dar o poder às mulheres.

O representante do Banco Mundial é de um estado da Índia chamado Querala, cuja renda per capita é parecida com a renda per capita de toda a Índia, uma baixa renda per capita.

Mas as taxas sociais são quase iguais as da Europa, porque trinta anos de políticas sociais constantes, porque lá a mulher tem um papel fundamental na administração dos negócios públicos a partir da comunidade.

Temos que ter um programa especial de Educação voltado para as mulheres. Aliás, temos que ter programas de Educação dirigidos para focos. Ontem conversei com o novo ministro da Previdência e fiz um desafio a ele: vamos começar a erradicação do analfabetismo pelos aposentados brasileiros.

Eles têm mais tempo para estudar, recebem um salário para isso. Um grande problema nacional de erradicação do analfabetismo tem que começar pelas mulheres, pelos jovens de 16 anos, e como lembrava o frei Betto, como lembrava ele, se alistam e lá só perguntam onde nasceu e o endereço.

Deviam perguntar se é analfabeto. Se é analfabeto vai para a escola. Todas essas são soluções criativas que nós podemos levar adiante. Mas para isso só tem uma maneira: se a Educação virar uma mania no Brasil.

Eu fico feliz de ver aqui pessoas que mostram que nós estamos caminhando para isso. Eu fico feliz e agradeço, e me sinto honrado por ter sido abraçado há pouco pelo deputado Paulo Maluf, sintonizando que esse projeto de Educação está acima das divergências partidárias.

Está também aqui o senador Antônio Carlos Magalhães, a quem agradeço a presença, até porque nunca esqueço que foi ele que levou adiante o projeto de erradicação da pobreza. E a pobreza está acima de qualquer divergência política.

Eu vejo aqui uma outra pessoa do mesmo partido do deputado Paulo Maluf. Uma pessoa pela qual eu aprendi a ter apenas respeito, mas também pelo comportamento nas eleições de 2002 em Brasília, que é o deputado Benedito Domingos.

Que se (...inaudível) numa alternativa do meu candidato Geraldo Magela, está pagando um alto preço por isso, mas com firmeza e sem arrependimento da opção que fez.

Pois bem, eu falo de vocês, porque ao fazermos uma mania da Educação acima dos partidos, nós vamos construir uma escola do tamanho do Brasil, que é o grande desafio nosso.

E uma escola do tamanho do Brasil exige mais do que as mulheres, do que as crianças, do que os analfabetos. Exige entrar na escola todos os brasileiros, inclusive o ministro, inclusive vocês.

Eu fiquei feliz ao ver o presidente Lula, no começo, já determinando a data em que vai conversar com os seus ministros para conhecerem o semi-árido nordestino.

O que ele está fazendo é colocando os ministros na escola. Porque os ministros não conhecem aquela realidade.

Porque os ministros não conhecem de pobreza. Eu desejo do presidente Lula, depois da visita ao semi-árido, já invente outro curso para os ministros. Nos ponha para trabalhar, pensar, refletir, e não apenas administrar. Porque ele sempre diz que mais que administrar temos que cuidar do Brasil. E para cuidar é preciso conhecer, é preciso amar. E a Educação é uma forma de poder aprender a amar também.

Nós temos que levar a Educação além da escola. A educação é o respeito mútuo no trânsito. A faixa do pedestre que nós fizemos aqui, muitos acham que foi uma solução do trânsito, porque foi criada pelo Niúra, que eu não sei se está aqui, mas no fundo a faixa do pedestre foi o gesto mais ousado de educação que eu fiz no meu governo.

Se a gente conseguir aprender a respeitar a faixa de pedestre, nós podemos aprender a não jogar lixo na rua, a não buzinar demais no carro, a respeitar um ao outro, a achar que a escola é um instrumento de alegria e não de sofrimento. Nós podemos sim educar a própria Educação.

Nós podemos fazer com que a Educação seja reinventada, no sentido de fazer com que os brasileiros convivam com os outros com respeito, com justiça e com eficiência. Para construir um país soberano no mundo da globalização.

Um país eficiente no mundo da técnica, mas, sobretudo, um país bonito no mundo em que a estética vai ser para sempre. E um mundo justo em que a ética vai ser para sempre. Esse compromisso com a estética da beleza com a ética da justiça, com a liberdade e, sobretudo, com as crianças que encarnam o futuro do Brasil, que hoje agradeço a vocês terem eleito o presidente Lula porque ele me nomeou ministro.

Colocou nas minhas mãos um desafio que eu espero daqui a algum tempo você encham essa sala de novo e continuem me aplaudindo. Eu vou fazer força para isso. Eu vou dedicar as minhas horas para isso. E eu conto com vocês para me apoiar e cobrar para que isso aconteça. Um grande abraço."

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