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22/09/2008 - 15h50

Garibaldi pressiona senadores para que exonerem parentes até sexta-feira

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
KEYLA VIANA DIAS
colaboração para a Folha Online, em Brasília

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), vai encaminhar esta semana aos senadores cópia da súmula do STF (Supremo Tribunal Federal) com a proibição da prática do nepotismo nos Três Poderes. Garibaldi quer assegurar que os parlamentares exonerem, até sexta-feira, os parentes contratados sem concurso público depois que o tribunal decidiu proibir o nepotismo.

Pelo menos cinco senadores ainda não exoneraram parentes, mesmo após a publicação da súmula do STF. A Folha Online apurou que Garibaldi ficou irritado com a demora no cumprimento da súmula pelo grupo de senadores, por isso decidiu encaminhar o documento como uma espécie de "ultimato" para que cumpram a decisão do Supremo.

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que chegou a defender a criação de "cotas" para o nepotismo, ainda emprega em seu gabinete a mulher, um filho e um sobrinho. O senador Almeida Lima (PMDB-SE), por sua vez, também mantém dois sobrinhos empregados, enquanto o senador Augusto Botelho (PT-RR) emprega um irmão.

Já o senador Adelmir Santana (DEM-DF) mantém uma filha empregada na diretoria-geral do Senado, por isso a exoneração depende de uma decisão do diretor-geral Agaciel Maia. O senador Efraim Morais (DEM-PB), que já exonerou pelo menos seis parentes, ainda mantém como funcionário o marido de uma sobrinha.

No total, 22 parentes de senadores já foram exonerados desde a publicação da súmula do Supremo. Efraim foi o recordista no desligamento dos familiares ao demitir cinco sobrinhos e um cunhado. O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) vem logo atrás, responsável pela exoneração de quatro parentes --dois cunhados e dois sobrinhos.

O senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), licenciado do Senado, exonerou um primo e um irmão empregados na Casa. Além de Raupp, Efraim e Lobão, outros dez senadores exoneraram um parente cada --todos contratados em órgãos do Senado.

O próprio presidente da Casa exonerou o sobrinho Carlos Eduardo Alves Emerenciano, que ocupava cargo comissionado (sem concurso público) como assessor técnico em seu gabinete. Logo após a publicação da súmula, Garibaldi disse que os senadores que se recusarem a exonerar os parentes poderão responder a processos administrativos ou outras ações no âmbito do Senado.

O Supremo aprovou há um mês o texto da súmula vinculante (entendimento sobre o tema) que proíbe o nepotismo no serviço público. A decisão inclui Judiciário, Legislativo e Executivo --órgãos de autarquias direta e indireta. Com a súmula vinculante, a ordem passa a ser obrigatória em todo o país.

Comentários dos leitores
helio marinho (39) 07/01/2010 01h42
helio marinho (39) 07/01/2010 01h42
Se fizer um estudo profundo e sem isenção, a de se observar que fazer poltica no Brasil é função secundária,fazendo bico,a maioria dos parlamentares são diretamente ou indiretamente donos das maiores empresas de bens e serviços,bem como,as grandes fazendas ,as grandes construtoras,ou seja, todos os grandes conglomerados produtivos ativos,estão de certa maneira, ligados na sua maioria a parlamentares de uma forma ou de outra,a aspiração politica é algo que atende aos interesses proprios,e nunca aquilo que se aprende e ensinado nos livros de Teoria Geral do Estado(TGE) ou Ciencia Politica(CP),é bem duvidoso que os"politicos"saibam da existencia pratica de tais conhecimentos propedeuticos,pois,chega-se as raias do absurdo da ignorancia,fica muito dificil de acreditar,que quem tenha tais conhecimentos aja da maneira como agem os parlamentares Brasileiros,é como senão tivessem responsabilidade sobre seus feitos,sua ações e atos ou coisa alguma,as proprias controversias definitivamente mostram a falta de discernimento e clareza das proprias atitudes,são absolutamentes inunes;fraldam,extravia,mentem,roubam,formam quadrilhas e esquemas,torturam e matam,simplesmente assim,e aí de alguem se for falar alguma coisa; e as grandes preoculpações e discursões dos tribunais de justiça,é saber se pode ou não usar algemas;Deus que País é esse chamado Brasil? sem opinião
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Manoel Ferreira Jr (37) 10/12/2009 09h33
Manoel Ferreira Jr (37) 10/12/2009 09h33
Creio que ninguém em sã consciência tem essa pretensão, Lucia Reyes. Sarney é forte demais. Fraco é o nosso país. O Maranhão, coitado, pena at´hoje por ter sido seu berço. Prova disso é que está aí até hoje. Certo é que alguma coisa houve pra que a mistura entre os palanques da Praça da Sé e o pessoal da ARENA acontecesse. Ou talvez e mais provável é que não fossem tão diferentes assim.
De qualquer forma, parabéns pela sua coerência! Só desejo sinceramente que ela não seja fruto de um ato secreto qualquer!
1 opinião
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Maria Paula (3) 10/12/2009 09h31
Maria Paula (3) 10/12/2009 09h31
Será que esse povo não se cansa de ficar desenterrando denúnicas contra o bigode não? sem opinião
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