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15/01/2003 - 17h16

Comissão que apura desvio de verbas no Rio tem aliados de Garotinho

ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio de Janeiro

Deputados estaduais do Rio criaram nesta quarta-feira comissão para apurar irregularidades no suposto esquema de extorsão formado na Inspetoria de Grandes Contribuintes durante o governo Anthony Garotinho no Estado (1992-2002). Das três deputadas escolhidas para integrar a comissão, duas são do PSB de Garotinho e de sua mulher, a atual governadora do Rio, Rosinha Garotinho.

Segundo o presidente da Assembléia, Sérgio Cabral (PMDB), a escolha dos membros da comissão foi definida com base no critério de participação do deputado da mesa diretora e iria ter novo mandato a partir de fevereiro, quando se inicia a nova legislatura.

Foram escolhidas Graça Matos (PSB), que é a primeira vice-presidente da Alerj, Aparecida Gama (PSB), corregedora, e Heloneida Studart (PT), terceira vice-presidente.

O presidente disse que a intenção dos deputados era abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), entretanto, a comissão de investigação só poderia durar até o final de janeiro, quando entra nova bancada de deputados. A idéia, de acordo com o peemedebista, é que em fevereiro seja instaurada a CPI.

Cabral, que assume uma vaga no Senado no próximo mês, disse que a deputada Graça Matos vai pedir informações do Ministério Público Federal, do Ministério Público Estadual, do governo suíço e da Secretaria de Fazenda do Estado para apurar as possíveis irregularidades.

Quatro fiscais estaduais e outros quatro fiscais da Receita Federal tiveram depósitos feitos na Suíça de cerca de US$ 33,45 milhões bloqueados pelo governo suíço. O grupo é investigado pela Polícia Federal por crime de sonegação e lavagem de dinheiro. O Ministério Público Federal também está investigando e pediu o repatriamento do dinheiro à Justiça Federal. A previsão é de que a decisão saia ainda hoje.

Relação com Silveirinha
Cabral admitiu ter empregado a mulher de Rodrigo Silveirinha, Silvana Silveirinha, em seu gabinete. O presidente da Alerj e senador eleito disse que ela era contratada pela Dataprev e que foi emprestada para seu gabinete.

Segundo Cabral, ocorreu um erro quando a nomearam no dia 7 deste mês no lugar de um outro funcionário que foi exonerado. No dia seguinte, a nomeação foi retirada. Segundo Cabral, ela será devolvida à Dataprev a partir de mês que vem.

A relação de Cabral com Silveirinha vem de 1988, quando o deputado era presidente da TurisRio, e Silveirinha, diretor da Riotur e trabalhavam no mesmo andar. De acordo com o peemedebista, depois que Silveirinha virou fiscal e foi para a secretaria de Fazenda, Silvana pediu para trabalhar no gabinete de Cabral na Alerj.


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