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24/01/2003
-
20h22
da Agência Folha
Documentos revelados pela edição mais recente da revista "IstoÉ" comprovam que o ministro dos Transportes, Anderson Adauto (PL), já foi sócio de Sérgio José de Souza e Rômulo de Souza Figueiredo, donos da CPA Consultoria, Planejamento e Assessoria.
A empresa estaria supostamente envolvida em desvio de verbas da Prefeitura de Iturama, no Triângulo Mineiro.
Até então, Adauto vinha apregoando que sua relação com Souza e Figueiredo não se estendia aos negócios. Mas, de acordo com reportagem da revista "IstoÉ", o ministro abriu com eles uma empresa de venda de pescados em Belo Horizonte.
A Embrapesca, como era chamada, foi aberta em 1997, ano em que foi instaurada CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) em Iturama. Relatório final da investigação aponta desvio superior a R$ 4 milhões.
Segundo o contrato social da empresa, o ministro possuía 25% das cotas. Sua participação foi repassada para os outros sócios três meses depois, período em que a CPI estava na fase final, em setembro.
A empresa funcionava em um prédio da zona sul de Belo Horizonte, na rua Pernambuco, 189, 13º andar, sala 1.302. O endereço é o mesmo da sede da CPA na cidade, que, segundo registros, ocupava as salas de 1.301 a 1.305 do mesmo prédio desde 1996.
Apesar de não ter sido fechada na Junta Comercial de Minas Gerais, a Embrapesca não funciona mais no local. Lá está operando, há cerca de quatro anos, uma empresa de consultoria em recursos humanos.
Figueiredo e Souza trabalharam no gabinete de Adauto enquanto ele era deputado estadual por Minas. Foram também levados para Brasília, quando o ministro assumiu o cargo, mas tiveram que abandonar os postos após o surgimento das denúncias.
Mesmo com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Adauto está em situação complicada na capital federal. Na próxima semana, ele será exonerado para poder assumir o cargo de deputado federal na Câmara. Especula-se que ele não volte à Esplanada para reassumir a pasta de Transportes.
Adauto foi sócio de suspeitos de desvio de verba, mostram documentos
LEONARDO WERNERda Agência Folha
Documentos revelados pela edição mais recente da revista "IstoÉ" comprovam que o ministro dos Transportes, Anderson Adauto (PL), já foi sócio de Sérgio José de Souza e Rômulo de Souza Figueiredo, donos da CPA Consultoria, Planejamento e Assessoria.
A empresa estaria supostamente envolvida em desvio de verbas da Prefeitura de Iturama, no Triângulo Mineiro.
Até então, Adauto vinha apregoando que sua relação com Souza e Figueiredo não se estendia aos negócios. Mas, de acordo com reportagem da revista "IstoÉ", o ministro abriu com eles uma empresa de venda de pescados em Belo Horizonte.
A Embrapesca, como era chamada, foi aberta em 1997, ano em que foi instaurada CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) em Iturama. Relatório final da investigação aponta desvio superior a R$ 4 milhões.
Segundo o contrato social da empresa, o ministro possuía 25% das cotas. Sua participação foi repassada para os outros sócios três meses depois, período em que a CPI estava na fase final, em setembro.
A empresa funcionava em um prédio da zona sul de Belo Horizonte, na rua Pernambuco, 189, 13º andar, sala 1.302. O endereço é o mesmo da sede da CPA na cidade, que, segundo registros, ocupava as salas de 1.301 a 1.305 do mesmo prédio desde 1996.
Apesar de não ter sido fechada na Junta Comercial de Minas Gerais, a Embrapesca não funciona mais no local. Lá está operando, há cerca de quatro anos, uma empresa de consultoria em recursos humanos.
Figueiredo e Souza trabalharam no gabinete de Adauto enquanto ele era deputado estadual por Minas. Foram também levados para Brasília, quando o ministro assumiu o cargo, mas tiveram que abandonar os postos após o surgimento das denúncias.
Mesmo com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Adauto está em situação complicada na capital federal. Na próxima semana, ele será exonerado para poder assumir o cargo de deputado federal na Câmara. Especula-se que ele não volte à Esplanada para reassumir a pasta de Transportes.
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