Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/01/2003 - 05h45

Governo modera discurso sobre crise na Venezuela

da Folha de S.Paulo, em Davos

É nítido um arrefecimento nas declarações de autoridades brasileiras em relação ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Tanto Luiz Inácio Lula da Silva como o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, foram comedidos ao se referirem ao país vizinho.

Em mais de uma oportunidade ontem, quando deu diversas entrevistas, Amorim disse que o Brasil deseja "contribuir para que a Venezuela encontre uma solução pacífica e constitucional". Ele sempre enfatizava que não se tratava de apoiar um dos lados -o país está em greve há quase dois meses, e a oposição deseja que o presidente Chávez renuncie.

Lula declarou que o Brasil não quer ajudar Chávez nem a oposição, mas que o interesse do país é "estratégico, além de geopolítico, por uma saída tranquila".

Embora não exista nessas frases de Lula e de Amorim alguma novidade em relação ao que ambos declararam no passado, a mudança de tom se dá naquilo que não está sendo falado agora.

Em ocasiões anteriores, as autoridades do governo brasileiro se preocupavam em fazer algum tipo de defesa institucional de Chávez. Agora, contentam-se em dizer que buscam uma solução pacífica para o conflito.

Amorim afirmou que, durante o encontro com líderes sindicais dos Estados Unidos, Lula ficou sabendo que está para ser formado um grupo de amigos sindicalistas da Venezuela, nos mesmos moldes do grupo de países que foi criado por sugestão do Brasil.

Para Amorim, esse "grupo de amigos paralelo" é uma boa iniciativa para ajudar a influenciar na busca de uma solução. Lula disse que espera que esse grupo possa entrar em contato com os líderes dos trabalhadores venezuelanos para amenizar os efeitos da greve no país.

Veja também o especial Fóruns Globais

Veja também o especial Governo Lula
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade