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15/10/2008 - 18h20

Ministros do STF dizem que precisam ser consultados sobre brecha ao nepotismo no Senado

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) afirmaram nesta quarta-feira que só vão analisar a "brecha" encontrada pelo Senado para manter empregados parentes de senadores se forem provocados formalmente. Embora o STF tenha editado súmula com a proibição do nepotismo nos três Poderes, os ministros Celso de Mello e Ricardo Lewandowski entendem que o tribunal só pode agir depois de provocado.

"O tribunal só se pronuncia quando provocado em processo regular por alguém que tenha legitimidade para essa provocação formal", disse Mello.

O ministro ressaltou que o Ministério Público Federal tem autonomia para ingressar com ação de improbidade administrativa contra autoridades que não cumprirem a súmula do STF.

"Se a súmula for desatendida, desrespeitada, cabe reclamação diretamente ao STF. Mas a conseqüência que resulta do descumprimento de uma súmula é a possível configuração contra quem a transgredir de um ato de improbidade administrativa. Aí caberá ao Ministério Público a ação de improbidade administrativa cujos efeitos são drásticos", afirmou o ministro.

Para Lewandowski, a demissão imediata de parentes contratados sem concurso público é a sanção capaz de fazer valer a súmula do STF. Mas ressaltou que o Ministério Público tem autonomia para fiscalizar a sua aplicação, assim como o Supremo pode receber reclamações para casos em que a súmula não for cumprida.

"A última palavra quem dá sobre a interpretação é o Poder Judiciário. Mas o Poder Judiciário não pode agir espontaneamente de ofício, ele precisa ser provocado ou pelo cidadão ou pelo Ministério Público. A súmula tem um enunciado que pode ser interpretado de diversas maneiras", afirmou o ministro.

Brecha

A Mesa Diretora do Senado decidiu nesta terça-feira aprovar resolução da advocacia da Casa que autoriza a permanência de familiares contratados antes dos senadores terem sido eleitos. Os advogados do Senado justificaram a "brecha" mencionando o princípio da "anterioridade", que permitiria aos familiares de senadores contratados antes das suas posses permanecerem na Casa Legislativa.

Depois do desgaste provocado pela decisão, a advocacia-geral do Senado encaminhou consulta ao procurador-geral da República para questionar se a decisão fere a súmula do STF que proibiu o nepotismo (contratação de parentes) nos três Poderes.

O procurador vai analisar a decisão da Mesa do Senado, mas tem autonomia para ingressar com ação por improbidade administrativa contra os senadores que mantém parentes empregados se avaliar que o princípio da anterioridade não se aplica neste caso.

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse que a Mesa pode voltar atrás se o procurador Antônio Fernando de Souza considerar que a decisão fere a súmula.

Comentários dos leitores
helio marinho (39) 07/01/2010 01h42
helio marinho (39) 07/01/2010 01h42
Se fizer um estudo profundo e sem isenção, a de se observar que fazer poltica no Brasil é função secundária,fazendo bico,a maioria dos parlamentares são diretamente ou indiretamente donos das maiores empresas de bens e serviços,bem como,as grandes fazendas ,as grandes construtoras,ou seja, todos os grandes conglomerados produtivos ativos,estão de certa maneira, ligados na sua maioria a parlamentares de uma forma ou de outra,a aspiração politica é algo que atende aos interesses proprios,e nunca aquilo que se aprende e ensinado nos livros de Teoria Geral do Estado(TGE) ou Ciencia Politica(CP),é bem duvidoso que os"politicos"saibam da existencia pratica de tais conhecimentos propedeuticos,pois,chega-se as raias do absurdo da ignorancia,fica muito dificil de acreditar,que quem tenha tais conhecimentos aja da maneira como agem os parlamentares Brasileiros,é como senão tivessem responsabilidade sobre seus feitos,sua ações e atos ou coisa alguma,as proprias controversias definitivamente mostram a falta de discernimento e clareza das proprias atitudes,são absolutamentes inunes;fraldam,extravia,mentem,roubam,formam quadrilhas e esquemas,torturam e matam,simplesmente assim,e aí de alguem se for falar alguma coisa; e as grandes preoculpações e discursões dos tribunais de justiça,é saber se pode ou não usar algemas;Deus que País é esse chamado Brasil? sem opinião
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Manoel Ferreira Jr (37) 10/12/2009 09h33
Manoel Ferreira Jr (37) 10/12/2009 09h33
Creio que ninguém em sã consciência tem essa pretensão, Lucia Reyes. Sarney é forte demais. Fraco é o nosso país. O Maranhão, coitado, pena at´hoje por ter sido seu berço. Prova disso é que está aí até hoje. Certo é que alguma coisa houve pra que a mistura entre os palanques da Praça da Sé e o pessoal da ARENA acontecesse. Ou talvez e mais provável é que não fossem tão diferentes assim.
De qualquer forma, parabéns pela sua coerência! Só desejo sinceramente que ela não seja fruto de um ato secreto qualquer!
1 opinião
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Maria Paula (3) 10/12/2009 09h31
Maria Paula (3) 10/12/2009 09h31
Será que esse povo não se cansa de ficar desenterrando denúnicas contra o bigode não? sem opinião
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