Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
24/10/2008 - 12h12

Senado vai obrigar novos servidores a assinarem documento negando parentesco na Casa

Publicidade

GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O Senado vai editar ato administrativo que obriga os novos servidores da Casa Legislativa a assinarem documento negando ter qualquer parentesco com senadores ou servidores com cargos de chefia. O objetivo da medida é evitar novos casos de nepotismo (contratação de parentes) depois que o Senado diz ter exonerados todos os parentes que tinham empregos na Casa.

O servidor Sérvio Penna, presidente da comissão criada para analisar o nepotismo no Senado, encerrou os trabalhos com a exoneração de 86 familiares de senadores ou funcionários com cargos de chefia na Casa.

Penna reconheceu, porém, que ainda podem existir casos no Senado uma vez que a lista de parentes foi encaminhada pelo próprios parlamentares e servidores ao presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN).

"O trabalho da comissão está encerrado. No entanto, se surgir mais algum nome, algum eventualmente chefe de gabinete que esteja em férias e que só agora tome conhecimento, evidentemente ele vai declarar alguma coisa que reflita em novos nomes. Eventualmente pode surgir alguma coisa, mas não é pela comissão", afirmou.

No total, o Senado exonerou 86 familiares de senadores, chefes de gabinetes ou diretores da Casa contratados para cargos de comissão (sem concurso público). Desse total, 46 eram parentes de senadores e 40 de servidores com cargos de chefia.

O Senado acelerou as exonerações depois que o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, decidiu encaminhar reclamação ao STF (Supremo Tribunal Federal) porque a Casa não cumpriu a súmula editada pelo tribunal em agosto, que proíbe o nepotismo nos três Poderes.

A Mesa Diretora do Senado chegou a aprovar resolução com uma brecha para manter familiares na Casa, desde que tivessem sido contratados antes da posse do senador ou do servidor com quem mantinham parentesco.

Com a reclamação do procurador, Garibaldi cancelou a resolução aprovada pela Mesa e determinou a exoneração dos funcionários enquadrados na "brecha".

O Senado também incluiu nas demissões parentes de ministros do TCU (Tribunal de Contas da União), uma vez que o órgão auxilia os trabalhos do Legislativo. Alguns diretores e chefes de gabinete preferiram abrir mão dos cargos de chefia, retornando às funções originais, para preservar o emprego de parentes.

Comentários dos leitores
helio marinho (39) 07/01/2010 01h42
helio marinho (39) 07/01/2010 01h42
Se fizer um estudo profundo e sem isenção, a de se observar que fazer poltica no Brasil é função secundária,fazendo bico,a maioria dos parlamentares são diretamente ou indiretamente donos das maiores empresas de bens e serviços,bem como,as grandes fazendas ,as grandes construtoras,ou seja, todos os grandes conglomerados produtivos ativos,estão de certa maneira, ligados na sua maioria a parlamentares de uma forma ou de outra,a aspiração politica é algo que atende aos interesses proprios,e nunca aquilo que se aprende e ensinado nos livros de Teoria Geral do Estado(TGE) ou Ciencia Politica(CP),é bem duvidoso que os"politicos"saibam da existencia pratica de tais conhecimentos propedeuticos,pois,chega-se as raias do absurdo da ignorancia,fica muito dificil de acreditar,que quem tenha tais conhecimentos aja da maneira como agem os parlamentares Brasileiros,é como senão tivessem responsabilidade sobre seus feitos,sua ações e atos ou coisa alguma,as proprias controversias definitivamente mostram a falta de discernimento e clareza das proprias atitudes,são absolutamentes inunes;fraldam,extravia,mentem,roubam,formam quadrilhas e esquemas,torturam e matam,simplesmente assim,e aí de alguem se for falar alguma coisa; e as grandes preoculpações e discursões dos tribunais de justiça,é saber se pode ou não usar algemas;Deus que País é esse chamado Brasil? sem opinião
avalie fechar
Manoel Ferreira Jr (37) 10/12/2009 09h33
Manoel Ferreira Jr (37) 10/12/2009 09h33
Creio que ninguém em sã consciência tem essa pretensão, Lucia Reyes. Sarney é forte demais. Fraco é o nosso país. O Maranhão, coitado, pena at´hoje por ter sido seu berço. Prova disso é que está aí até hoje. Certo é que alguma coisa houve pra que a mistura entre os palanques da Praça da Sé e o pessoal da ARENA acontecesse. Ou talvez e mais provável é que não fossem tão diferentes assim.
De qualquer forma, parabéns pela sua coerência! Só desejo sinceramente que ela não seja fruto de um ato secreto qualquer!
1 opinião
avalie fechar
Maria Paula (3) 10/12/2009 09h31
Maria Paula (3) 10/12/2009 09h31
Será que esse povo não se cansa de ficar desenterrando denúnicas contra o bigode não? sem opinião
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (435)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página