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05/11/2008 - 09h35

Cassado, Cassol alega inocência e diz que irá recorrer da decisão da Justiça

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MATHEUS PICHONELLI
da Agência Folha

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Rondônia acatou o pedido de cassação do mandato do governador Ivo Cassol (sem partido), sob a suspeita de compra de votos na campanha de 2006, quando ele foi reeleito pelo PPS.

Por meio de sua assessoria, Cassol afirmou que está tranqüilo por ser inocente e disse que irá recorrer ao TSE.

A relatora do processo, a desembargadora Ivanira Feitosa Borges, também ordenou a realização de nova eleição para governador para o dia 14 de dezembro.

Cassol é acusado de ser beneficiário de um esquema de oferecimento de vantagem a empregados da empresa Rocha Segurança e Vigilância Ltda, pertencente a um irmão do senador Expedido Júnior (PR-RO), também cassado ontem pelo TRE.

A denúncia foi feita pelo procurador regional eleitoral Reginaldo Pereira da Trindade. Segundo ele, Cassol e Expedito buscaram "proveito ilegítimo nas eleições, corromperam centenas de vigilantes da empresa" oferecendo e pagando, para cada um, R$ 100 mediante depósito bancário, para comprar voto.

O procurador afirma que cerca de mil votos foram comprados e que os depósitos foram feitos nos dias que antecederam o primeiro turno, em setembro de 2006. A denúncia foi fundamentada com base em uma denúncia anônima e, posteriormente, em relatos feitos por cinco vigilantes e um advogado que trabalhavam naquela empresa, e que foram incluídos no programa de proteção a testemunhas.

Trindade afirma na ação que Expedito e Cassol têm "notórias e indiscutíveis" relações e cita o fato de eles terem trocado apoio nas eleições daquele ano.

Ele diz que Cassol "participou não apenas da compra de votos, que lhe favoreceu, mas, sobretudo, das várias medidas que foram engendradas na tentativa de desvanecer as provas colhidas e que embasavam as infrações eleitorais" nas investigações.

Acusa Cassol de usar o cargo para ordenar à Polícia Civil que instaurasse inquérito a fim de "investigar pessoas que delataram o esquema de corrupção" com o intuito de "coagir" testemunhas.

Procurado ontem, Expedito Júnior não foi localizado.

Colaborou RACHEL AÑÓN, da Agência Folha

 

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