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08/11/2008 - 08h07

Procuradoria denuncia mais 31 por máfia dos sanguessugas

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MATHEUS PICHONELLI
da Agência Folha

Cinco ex-prefeitos e 26 servidores suspeitos de envolvimento com a "máfia dos sanguessugas" foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso.

A suposta organização é acusada de desviar recursos de emendas parlamentares que deveriam ser utilizadas para a compra de ambulâncias e de equipamentos hospitalares.

O esquema, segundo a Procuradoria, funcionou por mais de cinco anos e causou prejuízos calculados em cerca de R$ 110 milhões a partir de 2000.

Até agora, 251 pessoas --das quais 20 são ex-prefeitos-- já foram denunciadas à Justiça.

Investigados pela Polícia Federal, após operação deflagrada em 2006, os denunciados são suspeitos de "maquiar" procedimentos licitatórios para garantir êxito às empresas do grupo Vedoin na licitações feitas para aquisição de unidades móveis odontológicas e de saúde.

O grupo, segundo a PF, era liderado pelos empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da empresa Planam, suspeitos de pagarem propina em troca de emendas no Congresso e para vencerem licitação nos municípios beneficiados com as verbas para convênios com o Ministério da Saúde.

Na denúncia encaminhada anteontem à Justiça são acusados os ex-prefeitos Marcelo Araújo Alonso (Nova Maringá), Luiz Cândido de Oliveira (Terra Nova do Norte), Valdizete Nogueira (Jaciara), Divino Marciano (Jauru) e José Miguel (Rio Branco). Os processos correm sob sigilo de Justiça.

Os servidores denunciados integravam comissões de licitação para compra dos equipamentos nos municípios.

Entre as irregularidades apontadas em relatório feito pelo Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do Ministério da Saúde) estão a ausência de pesquisa de preços, empresas com mesmo endereço comercial e não identificação dos responsáveis pelas firmas participantes da concorrência nas cartas-convite.

De acordo com a procuradora da República Léa Batista de Oliveira, o sobrepreço das aquisições chegava a 120% dos valores de mercado.

Em outubro, a Procuradoria da República em Mato Grosso denunciou seis ex-parlamentares --entre eles o ex-senador Ney Suassuna (PMDB-PB) e outros cinco ex-deputados federais-- por suposto envolvimento com a máfia. Eles são apontados como o "braço político" do esquema de compra superfaturada de ambulância. Suassuna nega as acusações.

A reportagem telefonou para os ex-prefeitos ontem e apenas na casa de Luiz de Oliveira, de Terra Nova do Norte, foi atendida. Uma funcionária, porém, disse que o ex-prefeito estava em viagem e incomunicável.

 

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