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Desculpa por tortura faria bem a militares, diz pesquisadora da Unicamp
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da Folha Online
Pesquisadora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Unicamp e autora do livro "Um acerto de contas com o futuro: a anistia e suas conseqüências", Glenda Mezarobba afirmou que um pedido de desculpas oficial faria bem às Forças Armadas, informa nesta segunda-feira reportagem de Ana Flor, publicada pela Folha (a íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL).
"Acreditamos que as Forças Armadas são comandadas por indivíduos democráticos, sem ligações com o regime autoritário. A instituição de hoje não tem ligação, queremos acreditar, com as atrocidades que foram cometidas no regime militar. É importante que os mais altos cargos da corporação sinalizem isso. É uma obrigação da instituição reconhecer erros, dizer que não se repetirão. Será muito salutar para sua imagem. Os militares de hoje ainda caminham sobre a linha tênue que divide presente e horrores do passado", disse Mezarobba em entrevista à Folha.
Segundo a reportagem, para a pesquisadora, é uma "falácia" defender a não-revisão da Lei de Anistia --texto que já passou por revisões--, mas não há necessidade de mexer no texto legal. O importante, de acordo com Mezarobba, é dar à lei uma correta interpretação, sob a ótica dos direitos humanos.
"A Lei de Anistia foi criada, durante a ditadura, cheia de eufemismos para anistiar crimes cometidos pelos militares. Quem diz que a Lei de Anistia não pode ser revisada não vê que o texto já foi muito modificado. É uma falácia a não-revisão. Todo o artigo segundo foi suprimido, os artigos quarto e quinto também. Ela já foi bastante modificada. Mas não há necessidade de revisar a Lei de Anistia. Há, sim, necessidade de interpretá-la da maneira correta, uma interpretação sob a ótica dos direitos humanos e do direito internacional, que afirma que não há anistia para crimes como tortura."
Leia a matéria completa na Folha desta segunda-feira, que já está nas bancas.
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