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27/11/2008 - 12h39

Diretor-geral da PF atribuiu afastamento de Protógenes a perfil "quase partidário"

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, disse nesta quinta-feira que o afastamento do delegado Protógenes Queiroz da Diretoria de Inteligência da PF é conseqüência do perfil "quase partidário" adotado pelo delegado desde que deixou o comando da Operação Satiagraha. Corrêa considerou "normal" substituí-lo de setor após as denúncias de irregularidades na operação.

"A área de inteligência é muito sensível para abrigar alguém que já tenha um perfil quase que partidário. (...) A regra no setor de polícia é a regra da apartidarização. O funcionário público da Polícia Federal só pode ser partidário quando entra na cabine de votação e dá o seu voto", afirmou Corrêa após participar hoje de cerimônia de plantio de árvores no Programa de Controle das Emissões de Carbono das Atividades da PF.

Desde que foi afastado do comando da Satiagraha por suspeitas de vazar informações sigilosas, Protógenes vem participando de uma série de atos políticos anti-corrupção, com o apoio do PSOL. O delegado também disparou diversas críticas ao comando da PF e às articulações que resultaram no seu afastamento da Operação Satiagraha.

O delegado foi afastado do comando das investigações em julho, quando deu início a um curso superior na Polícia Federal. Oficialmente, a PF divulgou que o delegado deixou o caso para participar do curso. Posteriormente, porém, Protógenes confirmou que foi afastado da Satiagraha pela cúpula da Polícia Federal devido à sua postura adotada nas investigações.

O delegado retornou às atividades na PF esta semana depois de quatro meses de curso --quando foi informado de seu afastamento da Diretoria de Inteligência.

Corrêa disse que os desentendimentos entre Protógenes e seus superiores hierárquicos já sinalizavam que sua permanência na Diretoria de Inteligência da PF seria insustentável.

O diretor evitou comentar a declaração do agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Márcio Seltz, à CPI das Escutas Clandestinas da Câmara, de que o diretor-geral afastado da agência, Paulo Lacerda, teve acesso a grampos telefônicos realizados na Satiagraha.

Corrêa apenas afirmou que a Corregedoria da Polícia Federal, que investiga irregularidades na Satiagraha, vai incluir em seus trabalhos a declaração do agente da Abin.

Questionado sobre os desdobramentos da Operação Satiagraha após a saída de Protógenes, Corrêa não adiantou quando o inquérito contra o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, será finalizado. Desde o afastamento de Protógenes, o delegado Ricardo Saadi comanda as investigações.

"Na Polícia Federal, não temos investigado preferencial. Investigamos fatos, não pessoas", afirmou Corrêa.

Comentários dos leitores
Bira Monteiro (23) 29/01/2010 17h31
Bira Monteiro (23) 29/01/2010 17h31
JUSTIÇA BRASILEIRA:
Imagine aquela estatual que representa a justiça como ela realmente deveria sr. A balança que ela segura estaria pendendo para o lado em que a bandeja estaria cheia de ouro e a venda nos olhos é transparente. Esta é a justiça brasileira. Besta de quem acha que dinheiro não compra qualquer coisa.
1 opinião
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Rubens Gigante (1) 29/01/2010 17h25
Rubens Gigante (1) 29/01/2010 17h25
Erro de Protógenes: Mexer com banqueiro. sem opinião
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Ruben Rodrigues (4) 29/01/2010 16h04
Ruben Rodrigues (4) 29/01/2010 16h04
Rui, o Itamar e o Sarney NÃO foram eleitos pelo voto popular........ assumiram o posto por acidente. 1 opinião
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