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Procuradoria propõe mais uma ação contra máfia dos sanguessugas
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da Folha Online
O Ministério Público Federal no Tocantins propôs à Justiça Federal mais uma ação de improbidade administrativa contra suspeitos de envolvimento com a máfia dos sanguessugas --o esquema desviava verbas federais destinadas à compra de ambulâncias.
Os suspeitos são Darci José Vedoin; Luiz Antônio Trevisan Vedoin; Amarildo Martins da Silva, conhecido como Pastor Amarildo; José Bezerra Lino Tocantins, ex-prefeito de Paranã; e Ronildo Pereira Medeiros, além das empresas Planam e Frontal Móveis Hospitalares.
A ação se refere à fraude na licitação para aquisição de unidade móvel de saúde pelo município de Paranã.
Segundo a ação, Darci e Luiz Vedoin teriam se associado ao então deputado federal Pastor Amarildo, que teria contatado prefeitos do Tocantins para participar do esquema. Um deles seria José Bezerra Lino Tocantins.
A Procuradoria pede a condenação dos citados ao ressarcimento integral à União de R$ 81.777,60, de juros e correção monetária, ao pagamento de multa civil correspondente a 300% do valor dos recursos liberados no convênio, a suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos e a proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de dez anos.
Além disso, o Ministério Público quer ainda a proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de dez anos, a perda da função pública e a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio.
Máfia
A máfia dos sanguessugas foi desmontada pela Polícia Federal em 4 de maio de 2006.
Liderado pelos empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da Planam, o grupo atuava tanto no Congresso --pagava propina por emendas parlamentares destinadas à compra de ambulâncias e materiais hospitalares-- quanto na licitação nos municípios beneficiados com as verbas.
Segundo a denúncia, havia um "núcleo parlamentar" que viabilizava a aprovação das emendas, "possibilitando, assim, adquirirem de forma superfaturada ambulâncias da Planam e outras empresas de fachada".
Os supostos pagamentos da Planam aos parlamentares, diz a denúncia, eram feitos por meio de intermediários "de forma a dificultar a identificação da origem espúria da riqueza".
A reportagem não conseguiu localizar os acusados para comentar a ação.
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