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Chinaglia diz que será impossível votar reforma tributária com obstrução da oposição
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), admitiu nesta segunda-feira que será "impossível" votar a reforma tributária neste ano se a oposição insistir em se posicionar contra a matéria. Chinaglia disse, porém, que está disposto a colocar a reforma em votação caso os líderes decidam solucionar o impasse no voto.
"Havendo obstrução, levam-se muitas semanas para votar. Se escolhermos esse caminho, no máximo seria possível iniciar a discussão. Concluir [a votação], seria impossível. Eu tenho que ter o diálogo com os líderes. É uma escolha que pretendo fazer ouvindo os líderes", afirmou.
Apesar de reconhecer as dificuldades para a votação do texto, o deputado disse que as mudanças no sistema tributário nacional são importantes para o país --embora tenha como principal meta no final do seu mandato na presidência da Casa aprovar a PEC (proposta de emenda constitucional) com mudanças na tramitação das medidas provisórias, em dois turnos.
"O governo insiste em votar, e a oposição, em obstruir. O que não pode é parecer que a reforma tributária não é importante. Mas eu quero o apoio de todos para a votação da PEC das medidas provisórias", afirmou.
Convocação
Além da PEC das MPs, Chinaglia disse esperar colocar em votação na pauta da Casa uma série de projetos prioritários até o início do recesso parlamentar, no dia 22 de dezembro. "Podemos votar em segundo turno a PEC do trabalho escravo, o projeto de revitalização do rio São Francisco, matérias referentes à saúde, o projeto que dá poderes ao Banco Central para cuidar da fusão de bancos", afirmou.
Como a pauta da Câmara é constantemente trancada por medidas provisórias, Chinaglia não descarta a convocação extraordinária do Congresso em janeiro para a análise dos projetos que considera prioritários --além da discussão da reforma tributária.
Caso o Congresso sugira a auto-convocação dos seus trabalhos, Chinaglia lembrou que não haverá custos para os cofres públicos. "Pode haver convocação e não custará nada ao país. Da minha parte, sem problemas. Se evoluirmos para isso, eu farei. Eu pessoalmente gostaria, temos matérias relevantes", afirmou.
No ano passado, os parlamentares aprovaram o fim do pagamento da ajuda de custo durante os períodos de convocação extraordinária do Congresso. Antes da mudança, os deputados e senadores recebiam salário extra por cada mês de trabalho.
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