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02/12/2008 - 13h18

Vereador baleado no Rio é operado e não corre risco de morte

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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

O vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras (DEM), foi operado na madrugada desta terça-feira e não corre risco de morte.

Ele foi baleado na noite de ontem, quando chegava em casa, na favela de Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro. Nadinho é acusado de liderar a milícia que atua no local, conforme relatório da CPI das Milícias da Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro).

Nadinho levou dois tiros --um no peito e outro numa das pernas-- por volta das 22h de ontem. Segundo testemunhas, os tiros foram disparados por um homem que estava na garupa de uma moto.

O caso está sendo investigado pela 32ª DP (Jacarepaguá) como tentativa de homicídio. A polícia diz não ter suspeitos do crime. O delegado Sandro Luiz Pereira informou que solicitou o recolhimento do sistema de segurança da casa de Nadinho, que, segundo informações preliminares, teria apresentado falhas na véspera do crime.

O parlamentar foi atendido no hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, e segundo informações da unidade, seu estado é estável.

O vereador assumiu o cargo em 2005, após ser eleito com mais de 30 mil votos. Ele tentou se reeleger esse ano, mas com pouco mais de 12 mil votos, ficou apenas como o segundo suplente da coligação liderada pelo DEM.

Em novembro, Nadinho foi citado em uma lista com 226 nomes de pessoas indiciadas pela CPI por suposta participação em grupos paramilitares. Entre os indiciados estão um deputado, cinco vereadores e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio e deputado cassado, Álvaro Lins, além de 67 policiais militares, oito policiais civis, três bombeiros, dois agentes penitenciários e dois cabos das Forças Armadas.

O documento irá para votação no plenário da Alerj neste mês e, se aprovado, será entregue aos Ministérios Públicos Eleitoral, Estadual do Rio e Federal, que analisarão o indiciamento dos suspeitos.

Nadinho é suspeito ainda de ser o mandante do assassinato do policial civil Félix dos Santos Tostes, morto em fevereiro de 2007 com 30 tiros. O policial estava envolvido com a milícia que atua na área de Jacarepaguá, onde está a favela de Rio das Pedras.

No mês passado, a viúva de Tostes, Maria do Socorro Barbosa Tostes, foi baleada quando saía de casa, também em Jacarepaguá.

Em depoimento à CPI das Milícias, ela acusou Nadinho de ser o mandante do crime que vitimou seu marido. Maria do Socorro relatou que Tostes a contou, na véspera de morrer, que o vereador estava preparando uma emboscada para matá-lo.

 

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