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07/04/2003
-
17h27
da Folha Online, em Brasília
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), um dos principais opositores ao governo, avaliou como regular os cem primeiros dias da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apenas as atuações do presidente e do ministro Antônio Palocci (Fazenda)
tiveram avaliação positiva _nota 8_ no conceito do senador. "O Lula é uma figura que a todos nós enternece, que tem sido o grande sustentáculo do governo", disse. "O Palocci fez acertos macroeconômicos, trata a oposição e os antecessores com nobreza (...). O Palocci caiu do céu para o governo Lula", afirmou Virgílio.
No entanto o senador criticou enfaticamente a atuação do ministro
José Dirceu à frente das negociações políticas do governo. "O Dirceu está de salto alto, numa plataforma danada", disse ao classificar como "arrogante" o comportamento do ministro-chefe da Casa Civil.
Para a articulação do governo com os partidos políticos, nota 2 na avaliação do senador.
O programa Fome Zero, principal iniciativa social do governo Lula, também fez parte da avaliação "regular" de Virgílio. "O Fome Zero virou uma marca, uma grife. É um programa pequeno, de R$ 1 milhão de orçamento", afirmou.
Apesar da oposição, revelou ter doado R$ 500 ao programa de Lula que tem como principais pontos a distribuição de recursos para a compra de alimentos pelas famílias pobres.
Na área da saúde, disse que há "inoperância" na prevenção da pneumonia
asiática, mesma crítica feita pelo PT, no ano passado, quando o país
enfrentou uma das piores epidemias de dengue da história.
O problema principal do governo na gerência dos programas sociais é o
conflito de competência entre os ministros da área, de acordo com ele.
Plagiando o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), Virgílo disse o governo está batendo cabeça". Para a área social, nota 5, o mesmo valor da média das notas.
Aliados
Do lado dos partidos da base do governo, somente elogios. O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que o governo está bem e citou a avaliação positiva das últimas pesquisas para referendar a gestão de Lula. "A inflação está caindo, o dólar está despencando e os investidores dizem que quem não investir no Brasil não está no cominho certo".
O senador Jefferson Peres (PDT-AM) criticou, assim como Virgílio, o Fome Zero, mas disse que a principal marca do governo foi a austeridade na política macroeconômica. "Se ele [o governo] não tivesse demonstrado isso [austeridade], com certeza o país estaria vivendo uma crise de graves proporções".
Tucano elogia Palocci, mas dá nota cinco aos cem dias de governo
FELIPE FREIREda Folha Online, em Brasília
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), um dos principais opositores ao governo, avaliou como regular os cem primeiros dias da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apenas as atuações do presidente e do ministro Antônio Palocci (Fazenda)
tiveram avaliação positiva _nota 8_ no conceito do senador. "O Lula é uma figura que a todos nós enternece, que tem sido o grande sustentáculo do governo", disse. "O Palocci fez acertos macroeconômicos, trata a oposição e os antecessores com nobreza (...). O Palocci caiu do céu para o governo Lula", afirmou Virgílio.
No entanto o senador criticou enfaticamente a atuação do ministro
José Dirceu à frente das negociações políticas do governo. "O Dirceu está de salto alto, numa plataforma danada", disse ao classificar como "arrogante" o comportamento do ministro-chefe da Casa Civil.
Para a articulação do governo com os partidos políticos, nota 2 na avaliação do senador.
O programa Fome Zero, principal iniciativa social do governo Lula, também fez parte da avaliação "regular" de Virgílio. "O Fome Zero virou uma marca, uma grife. É um programa pequeno, de R$ 1 milhão de orçamento", afirmou.
Apesar da oposição, revelou ter doado R$ 500 ao programa de Lula que tem como principais pontos a distribuição de recursos para a compra de alimentos pelas famílias pobres.
Na área da saúde, disse que há "inoperância" na prevenção da pneumonia
asiática, mesma crítica feita pelo PT, no ano passado, quando o país
enfrentou uma das piores epidemias de dengue da história.
O problema principal do governo na gerência dos programas sociais é o
conflito de competência entre os ministros da área, de acordo com ele.
Plagiando o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), Virgílo disse o governo está batendo cabeça". Para a área social, nota 5, o mesmo valor da média das notas.
Aliados
Do lado dos partidos da base do governo, somente elogios. O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que o governo está bem e citou a avaliação positiva das últimas pesquisas para referendar a gestão de Lula. "A inflação está caindo, o dólar está despencando e os investidores dizem que quem não investir no Brasil não está no cominho certo".
O senador Jefferson Peres (PDT-AM) criticou, assim como Virgílio, o Fome Zero, mas disse que a principal marca do governo foi a austeridade na política macroeconômica. "Se ele [o governo] não tivesse demonstrado isso [austeridade], com certeza o país estaria vivendo uma crise de graves proporções".
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