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09/04/2003
-
06h15
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva elegeu o combate à fome como bandeira de ação e de marketing e tem nele a sua área de atuação mais bem avaliada, apontam 38% dos entrevistados pelo Datafolha.
Mas sua gestão falha no combate ao desemprego, considerado o maior problema do país por 31% da população. O desempenho nessa questão é reprovado por 43% e aprovado por apenas 19%.
Antes da posse, 72% esperavam um desempenho ótimo ou bom de Lula no combate ao desemprego e apenas 5% achavam que seria ruim ou péssimo no enfrentamento desse problema.
Ainda assim, o presidente Lula é mais bem avaliado no combate ao desemprego do que seu antecessor. Em dezembro, 67% definiam a atuação de Fernando Henrique Cardoso nessa área como ruim ou péssima e apenas 8% o consideravam ótimo ou bom.
A menor diferença entre expectativa de governo em dezembro e avaliação agora está na área de atuação do programa Fome Zero: 78% de ótimo ou bom na expectativa e 53% na avaliação do que está sendo feito.
No desemprego, está a pior relação. Dos ouvidos, 72% esperavam uma atuação excelente do presidente, mas só 19% a assim classificam passados três meses.
Em reunião com petistas no mês passado, Lula disse que seu governo seguia bem onde menos se esperava -a economia- e mal onde mais se esperava -a área social. Referia-se à desarticulação e aos desentendimentos entre os condutores da política social do governo. Apesar da autocrítica, a percepção da população vai no caminho inverso.
Com o combate à fome disparando como área de melhor atuação, as demais referências tornam-se residuais: 4% apontam a educação, e 3%, a saúde e a economia. No governo FHC, saúde (19%) e educação (10%) eram as mais bem avaliadas.
Como resultado do marketing governamental, em três meses disparou o grau de conhecimento do programa Fome Zero. Em dezembro, 46% diziam ter tomado conhecimento do programa. Agora essa taxa atinge 90%.
Mas caiu de 52% para 46% -uma redução de seis pontos- o percentual daqueles que acreditam que o projeto será muito eficiente. O índice dos que afirmam que será um pouco eficiente subiu de 37% para 43% -aumento de seis pontos. Oscilou dentro da margem de erro de dois pontos percentuais (de 5% para 7%) a taxa dos que dizem que o Fome Zero não será nada eficiente.
Desemprego (13%) e segurança pública (12%) são as áreas em que o governo Lula está se saindo pior, segundo a opinião espontânea dos entrevistados.
Na área da segurança, o governo vai mal para 45% dos ouvidos; 29% dizem que tem uma atuação regular e 21% a apontam como ótimo ou boa.
Na comparação direta entre as administrações de Lula e FHC, o setor em que o ex-presidente é mais bem avaliado que o petista é o das relações exteriores: para 37%, FHC era ótimo ou bom nesse campo, onde Lula atinge 26%.
Na área da saúde -que no governo tucano era comandada por José Serra, adversário de Lula no segundo turno da eleição presidencial-, a gestão de FHC volta a bater a petista.
Para 42%, a administração tucana era ótima ou boa na saúde. Na mesma área, a taxa de Lula atinge 34%, oito pontos a menos do que a avaliação do ex-presidente.
Na educação, há um empate técnico: 44% avaliam o governo Lula como ótimo ou bom, contra 45% da administração anterior.
Além de sair-se melhor do que FHC no combate à fome e ao desemprego, Lula é mais bem avaliado no combate à corrupção -com 26% classificando-o como ótimo ou bom contra 14% dos tucanos- e na reforma agrária -26% de aprovação na gestão petista contra 18% na de FHC.
Combate à fome é destaque, e desemprego, maior decepção
da Folha de S.PauloO governo de Luiz Inácio Lula da Silva elegeu o combate à fome como bandeira de ação e de marketing e tem nele a sua área de atuação mais bem avaliada, apontam 38% dos entrevistados pelo Datafolha.
Mas sua gestão falha no combate ao desemprego, considerado o maior problema do país por 31% da população. O desempenho nessa questão é reprovado por 43% e aprovado por apenas 19%.
Antes da posse, 72% esperavam um desempenho ótimo ou bom de Lula no combate ao desemprego e apenas 5% achavam que seria ruim ou péssimo no enfrentamento desse problema.
Ainda assim, o presidente Lula é mais bem avaliado no combate ao desemprego do que seu antecessor. Em dezembro, 67% definiam a atuação de Fernando Henrique Cardoso nessa área como ruim ou péssima e apenas 8% o consideravam ótimo ou bom.
A menor diferença entre expectativa de governo em dezembro e avaliação agora está na área de atuação do programa Fome Zero: 78% de ótimo ou bom na expectativa e 53% na avaliação do que está sendo feito.
No desemprego, está a pior relação. Dos ouvidos, 72% esperavam uma atuação excelente do presidente, mas só 19% a assim classificam passados três meses.
Em reunião com petistas no mês passado, Lula disse que seu governo seguia bem onde menos se esperava -a economia- e mal onde mais se esperava -a área social. Referia-se à desarticulação e aos desentendimentos entre os condutores da política social do governo. Apesar da autocrítica, a percepção da população vai no caminho inverso.
Com o combate à fome disparando como área de melhor atuação, as demais referências tornam-se residuais: 4% apontam a educação, e 3%, a saúde e a economia. No governo FHC, saúde (19%) e educação (10%) eram as mais bem avaliadas.
Como resultado do marketing governamental, em três meses disparou o grau de conhecimento do programa Fome Zero. Em dezembro, 46% diziam ter tomado conhecimento do programa. Agora essa taxa atinge 90%.
Mas caiu de 52% para 46% -uma redução de seis pontos- o percentual daqueles que acreditam que o projeto será muito eficiente. O índice dos que afirmam que será um pouco eficiente subiu de 37% para 43% -aumento de seis pontos. Oscilou dentro da margem de erro de dois pontos percentuais (de 5% para 7%) a taxa dos que dizem que o Fome Zero não será nada eficiente.
Desemprego (13%) e segurança pública (12%) são as áreas em que o governo Lula está se saindo pior, segundo a opinião espontânea dos entrevistados.
Na área da segurança, o governo vai mal para 45% dos ouvidos; 29% dizem que tem uma atuação regular e 21% a apontam como ótimo ou boa.
Na comparação direta entre as administrações de Lula e FHC, o setor em que o ex-presidente é mais bem avaliado que o petista é o das relações exteriores: para 37%, FHC era ótimo ou bom nesse campo, onde Lula atinge 26%.
Na área da saúde -que no governo tucano era comandada por José Serra, adversário de Lula no segundo turno da eleição presidencial-, a gestão de FHC volta a bater a petista.
Para 42%, a administração tucana era ótima ou boa na saúde. Na mesma área, a taxa de Lula atinge 34%, oito pontos a menos do que a avaliação do ex-presidente.
Na educação, há um empate técnico: 44% avaliam o governo Lula como ótimo ou bom, contra 45% da administração anterior.
Além de sair-se melhor do que FHC no combate à fome e ao desemprego, Lula é mais bem avaliado no combate à corrupção -com 26% classificando-o como ótimo ou bom contra 14% dos tucanos- e na reforma agrária -26% de aprovação na gestão petista contra 18% na de FHC.
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