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13/12/2008 - 08h11

Justiça revoga prisão de desembargadores do TJ-ES; presidente afastado sofre infarto

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ANDRÉA MICHAEL
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A cúpula do Judiciário capixaba ganhou a liberdade às 19h de ontem em Brasília, depois de o presidente do TJ do Espírito Santo, Frederico Pimentel, ter sido preso com outras sete pessoas na terça-feira pela Polícia Federal, na Operação Naufrágio. Eles são acusados de participar de um suposto esquema de venda de sentenças judiciais.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu ontem revogar a prisão de três desembargadores, um juiz, dois advogados e uma servidora do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Foram libertados, além do desembargador Pimentel, os desembargadores Elpídio José Duque e Josenider Varejão Tavares, o juiz Frederico Luiz Schaider Pimentel (filho do presidente do Tribunal de Justiça) e a diretora de Distribuição do tribunal, Bárbara Pignaton Sarcinelli, cunhada do presidente.

No entendimento da ministra do STJ Laurita Vaz, que preside o inquérito no qual os suspeitos são investigados, não havia mais motivos para o grupo continuar preso na medida em que todos já prestaram depoimento à Polícia Federal e que foram cumpridas as diligências de busca e apreensão de documentos e equipamentos, que podem se transformar em provas de crimes eventualmente praticados por eles.

Segundo nota divulgada pela assessoria do STJ, a ministra advertiu o grupo de que eles devem estar à disposição para esclarecer fatos relacionados à investigação sempre que se fizer necessário.

Infarto

Anteontem à noite, o desembargador Frederico Pimentel, que estava preso em uma sala da Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal, foi transferido para o Incor. Feitos os exames médicos, verificou-se que ele sofrera um infarto.

Mesmo com a prisão revogada, o presidente do TJ capixaba permanece internado em Brasília. A previsão é de alta para hoje. O grupo é investigado por transformar o tribunal num "balcão de negócios", segundo a PF. A suspeita é de que o grupo manteve um suposto esquema de venda e manipulação de sentenças em troca de favores e vantagens pessoais.

Comentários dos leitores
sérgio dourado (371) 02/02/2010 20h35
sérgio dourado (371) 02/02/2010 20h35
Mais uma vez se nota o papel do Estado brasileiro:onerar o povo com maiores impostos e prover os ricos com maiores salários..Ora,gosto de argumentar com fatos,e gostaria de saber em quanto o salário do povo em geral,em sua grande maioria,que é o salário mínimo,está defasado em relação ao que prega a Constituição e o que afirma o IPEA com seus dados alarmantes sobre a altíssima e "injusta" carga tributária brasileira:onde os ricos pagam menos impostos que os pobres.Agora estarão corretos os excelentíssimos ministros da Suprema Corte em exigiram uma correção do salário (em torno de 14%) maior que a própria inflação,enquanto o que prega a própria Constituição sobre a condição do salário mínimo servir à condições básicas que não dão nem pro começo de conversa?Onde está o sentimento de Justiça aí,onde o fosso entre ricos e pobres só aumenta?O roll que o Brasil pretende entrar,de país desenvolvido,está muito distante das atuais condições de mínima "equiparação salarial".Não defendo salários mais baixos para os ministros,mas salários mais justos para os mais pobres,e que pagam mais impostos sobre consumo básico do que os ricos em relação aos seus luxos e sua renda.Como ainda o "efeito cascata",é de se inimaginar o aumento do gasto do poder público com pagamento de pensão e penduricalhos para seus "altos" funcionários e outros que mamam nessa teta gorda..Pra que Lula?Precisamos é do povo gritar e se fazer escutar.Não com violência,ao contrário:com apelação às leis,queremos justiça... sem opinião
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Nivaldo Lacerda (113) 02/02/2010 17h26
Nivaldo Lacerda (113) 02/02/2010 17h26
Usando Martin Luther King
"Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Um pais que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. "Meu Brasil, doce terra de liberdade, eu te canto.Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"E se o Brasil é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.E assim ouvirei o sino da liberdade em Brasilia e em todos os rincoes .E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia"
"Livre afinal, livre afinal.
SERA QUE ISSO VAI ACONTECER? SEM UMA GRANDE PARTICIPACAO DA POPULACAO? ACABANDO COM O DOMINIO DE CORONEIS E CARTEIS?
DA PRA PENSAR NISTO? NESTE MOMENTO E PURA UTOPIA.
sem opinião
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Rui Ruz Caputi Caputi (1958) 28/01/2010 14h22
Rui Ruz Caputi Caputi (1958) 28/01/2010 14h22
A CNJ dá um bom e didático exemplo para todos.
Quisera, todas as demais instituições publicas ou privadas seguissem seu padrão elevado.
2 opiniões
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