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Jackson Lago diz estar tranqüilo e classifica de "manobra" ação para cassar seu mandato
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), classificou nesta terça-feira de "manobra" a ação que pode resultar na cassação do seu mandato por abuso de poder econômico no comando do Estado.
A ação, que está prevista para entrar na pauta de julgamentos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até sexta-feira, foi apresentada pela coligação da candidata derrotada por Lago nas eleições para o governo do Estado, Roseana Sarney (PMDB-MA).
"Acho que essa tentativa através de manobras judiciais é coisa do passado. O Brasil hoje é outro e respeitador da vontade popular", afirmou o governador. Lago disse estar "tranqüilo" em relação à decisão do TSE, uma vez que argumenta não ter cometido "nada de errado" no governo do Estado.
Apesar da ameaça de perder o mandato, Lago manteve sua rotina de trabalhos. O governador participou hoje, no Ministério da Justiça, de assinatura de convênios para a aquisição de helicópteros e entrega de bafômetros e armas não-letais.
Manifestantes favoráveis ao governador aproveitaram sua presença em Brasília para fazer rápida manifestação, em frente ao Congresso Nacional, pela defesa de seu mandato. Os simpatizantes de Lago acusam a família Sarney de aplicar um "golpe" no Maranhão para emplacar Roseana no governo --caso o pedetista seja cassado pelo TSE.
Lago ingressou com pedido no tribunal para suspender o julgamento do processo, mas teve a solicitação negada pelo ministro Felix Fischer, do TSE. A principal acusação é a de que José Reinaldo Tavares (PSB), governador do Maranhão à época da eleição, teria usado a máquina do Estado em favor de Lago.
Em parecer, o MPE (Ministério Público Eleitoral) recomenda a cassação de Lago e de seu vice Luiz Carlos Porto. A Procuradoria pede ainda que o TSE emposse Roseana Sarney. De acordo com a denúncia do MPE, Lago teria comprado votos por meio de distribuição de cestas básicas a pescadores.
Lago e seu vice alegam que houve violação aos princípios da ampla defesa e do devido processo legal, pois houve limitação do número de testemunhas.
Reportagem da Folha, publicada na edição de hoje, informa que o parecer da Procuradoria menciona 11 episódios que constam nas mais de 1.500 páginas do processo que seriam capazes de confirmar as acusações de abuso de poder econômico e uso da máquina pública para eleger Lago.
Entre os episódios relatados pela Procuradoria e citados na reportagem estão um comício em São José de Ribamar (MA) para doar cestas básicas, flagrante de distribuição de dinheiro e de vale-gasolina em troca de votos no dia da eleição, e convênios firmados com entidades fantasmas --supostamente assinados em troca de votos.
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