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21/08/2000
-
08h11
da Folha de S.Paulo
As roupas usadas pelos candidatos à prefeitura paulistana são escolhidas para ajudar a vender sua imagem, mas também servem para disfarçar características que fogem ao padrão tradicional de beleza. Quilinhos a mais, pouca altura e calvície são as bolas da vez nesta corrida eleitoral.
Na campanha de Luiza Erundina, candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, a ordem é manter a discrição dos trajes e chamar a atenção para o seu rosto _que há dois meses recebeu óculos novos, com armação mais leve, a exemplo do que fez há alguns anos o ex-prefeito Paulo Maluf (PPB).
A estratégia tem três objetivos: impedir que o visual chame mais atenção do que a fala da candidata; manter um estilo que lhe deixe à vontade na TV; e não valorizar seu peso e sua pouca estatura.
A missão foi entregue a Christiana Francini, 31, figurinista acostumada a vestir personalidades para a televisão _como as apresentadoras Silvia Poppovic e Astrid Fontenelle.
"Chamamos a atenção com um decote bonito, uma blusa de seda, uma echarpe, um belo brinco. Isso faz com que você atraia para o rosto, para cima. Você nunca vai vê-la em uma calça estampada", diz a figurinista. "A idéia é passar uma imagem sóbria, como a que deve ter uma prefeita."
Os acessórios tem duas origens: os guardados de Erundina e uma loja que está cedendo as peças.
A outra mulher na disputa, a petista Marta Suplicy, não tem figurinista, mas tem como atento conselheiro o marido, o senador Eduardo Suplicy (PT), que já enfrentou várias campanhas.
Também com bastante experiência com câmeras _ela apresentou um quadro sobre sexo no extinto programa da Rede Globo "TV Mulher"_, Marta prefere roupas que possam disfarçar os três quilos que, diz ela, já ganhou no corpo-a-corpo deste ano. Nas ruas, o vermelho, cor do partido, é a favorita. Nos programas, ela opta por tons mais "frios", para passar uma imagem mais suave.
A preocupação com a imagem é tanta que Marta costuma pedir a sua equipe que cheque a cor do cenário de programas aos quais vai, para que sua roupa combine e contraste com o fundo.
No bloco masculino da disputa pelo figurino mais adequado, aparece o tucano Geraldo Alckmin. Calvo, um de seus principais dilemas é o que fazer com os poucos cabelos que lhe restam.
"A única dificuldade é o cabelo que não pára no lugar", afirma o candidato, referindo-se aos fios que teimam em ficar revoltos.
A calvície, aliás, também foi disfarçada nos outdoors do candidato, onde ele aparece em foto cortada na altura da testa.
Adequar a roupa ao momento também é uma preocupação do tucano. No programa da tarde, ele aparece vestido de modo mais informal. Terno, nem pensar. No programa da noite, o candidato tucano muda o estilo e aparece sempre de gravata.
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Figurino é arma para disfarçar "defeitos" de candidatos
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As roupas usadas pelos candidatos à prefeitura paulistana são escolhidas para ajudar a vender sua imagem, mas também servem para disfarçar características que fogem ao padrão tradicional de beleza. Quilinhos a mais, pouca altura e calvície são as bolas da vez nesta corrida eleitoral.
Na campanha de Luiza Erundina, candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, a ordem é manter a discrição dos trajes e chamar a atenção para o seu rosto _que há dois meses recebeu óculos novos, com armação mais leve, a exemplo do que fez há alguns anos o ex-prefeito Paulo Maluf (PPB).
A estratégia tem três objetivos: impedir que o visual chame mais atenção do que a fala da candidata; manter um estilo que lhe deixe à vontade na TV; e não valorizar seu peso e sua pouca estatura.
A missão foi entregue a Christiana Francini, 31, figurinista acostumada a vestir personalidades para a televisão _como as apresentadoras Silvia Poppovic e Astrid Fontenelle.
"Chamamos a atenção com um decote bonito, uma blusa de seda, uma echarpe, um belo brinco. Isso faz com que você atraia para o rosto, para cima. Você nunca vai vê-la em uma calça estampada", diz a figurinista. "A idéia é passar uma imagem sóbria, como a que deve ter uma prefeita."
Os acessórios tem duas origens: os guardados de Erundina e uma loja que está cedendo as peças.
A outra mulher na disputa, a petista Marta Suplicy, não tem figurinista, mas tem como atento conselheiro o marido, o senador Eduardo Suplicy (PT), que já enfrentou várias campanhas.
Também com bastante experiência com câmeras _ela apresentou um quadro sobre sexo no extinto programa da Rede Globo "TV Mulher"_, Marta prefere roupas que possam disfarçar os três quilos que, diz ela, já ganhou no corpo-a-corpo deste ano. Nas ruas, o vermelho, cor do partido, é a favorita. Nos programas, ela opta por tons mais "frios", para passar uma imagem mais suave.
A preocupação com a imagem é tanta que Marta costuma pedir a sua equipe que cheque a cor do cenário de programas aos quais vai, para que sua roupa combine e contraste com o fundo.
No bloco masculino da disputa pelo figurino mais adequado, aparece o tucano Geraldo Alckmin. Calvo, um de seus principais dilemas é o que fazer com os poucos cabelos que lhe restam.
"A única dificuldade é o cabelo que não pára no lugar", afirma o candidato, referindo-se aos fios que teimam em ficar revoltos.
A calvície, aliás, também foi disfarçada nos outdoors do candidato, onde ele aparece em foto cortada na altura da testa.
Adequar a roupa ao momento também é uma preocupação do tucano. No programa da tarde, ele aparece vestido de modo mais informal. Terno, nem pensar. No programa da noite, o candidato tucano muda o estilo e aparece sempre de gravata.
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