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25/01/2009 - 16h30

Carla Bruni nega participação em decisão brasileira de refugiar Battisti

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da Ansa, em Milão

A primeira-dama francesa, Carla Bruni, negou neste domingo em entrevista a emissora de televisão estatal italiana RAI que tenha tido qualquer participação na decisão do governo brasileiro de conceder refúgio político ao ex-militante Cesare Battisti, condenado na Itália por quatro homicídios.

"Não tive nenhum papel, absolutamente não, e estou muito surpresa com o modo como este boato cresceu. Jamais defendi Battisti e estou contente de poder responder a esta pergunta e poder dizer isso também aos familiares das vítimas", disse a esposa do presidente francês Nicolas Sarkozy.

Questionada sobre como pode ter sido difundido o boato de que ela, de algum modo, havia tido um papel no episódio, Bruni respondeu: "talvez venha da viagem feita ao Brasil".

O casal presidencial francês realizou uma viagem no último mês de dezembro ao país, quando se reuniu no Rio de Janeiro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não vejo como alguém possa pensar que a mulher de um presidente possa falar destas coisas com o presidente de um outro Estado", disse ainda Bruni, que qualificou os boatos como uma calúnia.

O boato de que a primeira-dama francesa havia influenciado a decisão do governo brasileiro foi ventilada à imprensa pelo próprio advogado de Battisti, Eric Turcon, e pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

Em entrevista ao jornal italiano "Corriere della Sera", Suplicy chegou a afirmar que Sarkozy e Carla Bruni conversaram em particular com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo sua intervenção no caso.

O senador disse ainda que a amizade de Bruni com a escritora francesa Fred Vargas influenciou na decisão, já que Vargas é amiga pessoal de Battisti e responsável por ajudá-lo a recolher materiais que provem sua inocência.

O advogado de Battisti, por sua vez, afirmou que "o presidente [Sarkozy] aceitou organizar um encontro com o secretário Nacional de Justiça brasileiro, Romeu Tuma Jr. É graças a este encontro que o refúgio político foi obtido no Brasil".

No último sábado o subsecretário de Relações Exteriores da Itália, Alfredo Mantica, declarou que "já está claro que as pressões sobre Lula no caso Battisti foram feitas por Sarkozy, em nome de sua esposa Carla e sua cunhada Valeria", ambas italianas.

Mantica chegou a fazer comentários duros sobre a primeira-dama francesa, declarando que se ela "diz se sentir orgulhosa de não ser mais italiana, nós respondemos que estamos orgulhosos de que ela não seja mais italiana, e que a França tenha acolhido uma senhora como ela".

Battisti, de 54 anos, foi condenado à prisão perpétua na Itália acusado de quatro assassinatos cometidos na década de 1970 quando militava no grupo Proletários Armados pelo Comunismo.

No último dia 13, o ministro da Justiça brasileiro, Tarso Genro, concedeu a ele o status de refugiado político. Na sexta-feira passada, Lula respondeu à carta do presidente italiano, Giorgio Napolitano, ratificando a decisão de Genro.

Comentários dos leitores
Heitor Bonfim (19) 10/12/2009 16h21
Heitor Bonfim (19) 10/12/2009 16h21
O Gabeira escondia este terrorista, agora Lula não sabe o que fazer com ele. Lula não sabe o que fazer com um assassino sangüinario nas mãos. Gabeira soube.
Que coisa, quando não escondem dólares na cueca, os políticos escondem terroristas sangüinários.
O povo que se dane, o cidadão que se dane, malditos!
1 opinião
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claudia kabus (266) 20/11/2009 19h48
claudia kabus (266) 20/11/2009 19h48
para quem não acredita em simples coincidências, é bom anotar nome do partido do terrorista em questão: PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). 6 opiniões
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Disse Thomas Hobbes me Leviatã, obra primorosa da sua lvara: "A ausência de ciência, em outras palavras, a ignorância das causas, predispõe, ou melhor, obriga os homens a confiar na opinião e autoridade alheia. Todos os homens preocupados com a verdade,se não confiarem em sua própria opinião, deverão confiar na de alguma outra pessoa, a quem considerem mais sábia que eles próprios, e não considerem provável que queira enganá-los".
Alguém aplicou um engôdo no presidente para justificar o refúgio concedido ao honorável cidaão Italiano Cesare Battisti no Brasil.
Quem terido sido?
3 opiniões
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