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02/06/2003 - 20h41

Sem-terra entram em conflito com empregados da fazenda do reverendo Moon

HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

Empregados da fazenda Aruanã no município de Bonito (a 249 km de Campo Grande) e sem-terra que invadiram a propriedade entraram em confronto hoje. Não houve mortos ou feridos.

A informação sobre o confronto é do advogado David Moura Olindo, que representa a Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial, entidade criada pelo reverendo coreano Sun Myung Moon, 83, que é dona da propriedade.

Considerada produtiva pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), a fazenda foi invadida por 350 famílias ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no dia 12 de maio.
Olindo disse que pela madrugada os sem-terra teriam tentado invadir a sede da fazenda.

Os caseiros atiraram, segundo Olindo, para afastar os sem-terra da sede da propriedade.

Na segunda vez, pouco depois do meio-dia, os sem-terra é que teriam atirado contra os caseiros também só para assustar, informou o advogado.

O capitão Claudemir Morando, da Polícia Militar, foi ao local à tarde. Ele afirma que os funcionários da fazenda disseram ter escutado estampidos. Morando disse acreditar que eram rojões lançados pelos sem-terra.

A delegacia da Polícia Civil em Bonito foi procurada pelos caseiros no período da manhã. Chegou a ser formulado um boletim de ocorrência por ameaça, mas os caseiros não registraram a queixa.

Segundo Olindo, eles ficaram intimidados em afirmar que possuem armas. "Existe um estigma contra o reverendo Moon e sempre há questionamentos", afirmou o advogado.

Ninguém da coordenação estadual do MST foi encontrado para dar a versão sobre o que ocorreu na fazenda. Os sem-terra reivindicam a desapropriação de parte das 46 fazendas da associação do reverendo Moon em Mato Grosso do Sul.
 

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