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08/09/2003 - 21h25

PM e trabalhador rural são acusados de assassinar empresário no MS

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HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

O delegado Luiz Carlos Rodrigues da Silva, da Polícia Civil, afirmou hoje que o soldado da reserva da Polícia Militar Antônio Carlos do Nascimento, 35, e o trabalhador rural Maurício Rodrigues de Almeida, 40, assassinaram no dia 9 de junho o empresário Edgar Pereira, 44, então dono do jornal semanário "Boca do Povo" em Campo Grande. Os dois estão presos.

O jornal é conhecido por publicar reportagens sobre corrupção em órgãos públicos. A polícia não descarta a hipótese do crime ter ocorrido devido às publicações.

Segundo Silva, ainda falta descobrir o mandante do crime. Pereira levou pelo menos dez tiros de pistola calibre 765.

A polícia diz que Nascimento e Almeida também mataram o vendedor de carros Aparecido Rosa de Paula, conhecido como Cidão, no dia 15 de junho, em Dourados (210 km de Campo Grande). O crime ocorreu seis dias após a morte de Pereira e, segundo a polícia, foi encomendado por R$ 5.000.

A arma usada para matar Cidão foi a mesma do assassinato de Pereira, afirma Silva, baseado em testes de balística.

Desde o dia 23 de julho, Nascimento está preso no Presídio Militar de Campo Grande devido à acusação de matar Cidão.

Segundo o advogado Osmar Martins Blanco, Nascimento tem testemunhas comprovando que estava em outro local quando Cidão foi morto. Blanco afirma também que Nascimento nega ter matado Pereira.

A reportagem não localizou o advogado de Almeida. Ele foi preso na quinta-feira passada.

O assassinato de Pereira foi o segundo de um dono de jornal desde setembro do ano passado.

Na sexta-feira, a polícia apontou o ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, 52, como mandante do assassinato de Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, 39, então dono da "Folha do Estado" em Cuiabá (MT), morto em setembro de 2002. O jornal publicava reportagens contra o crime organizado.

Também vítima de pistoleiros, o então radialista Edgar Lopes de Faria, 48, foi morto com seis tiros de calibre 12 em outubro de 1997 em Campo Grande.

Para Marco Antônio Lopes Faria, filho do então radialista, seu pai morreu por "fazer denúncias contra autoridades e contra policiais".
 

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