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12/11/2003 - 21h04

Polícia prende 13 sem-terra em desocupação de fazenda em Cuiabá

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HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

Pelo menos 13 sem-terra foram detidos hoje durante a desocupação feita pela PM (Polícia Militar) em uma fazenda em Sinop (530 km ao norte de Cuiabá). A propriedade tinha sido invadida havia um mês pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Cerca de mil sem-terra, segundo a PM, estavam na fazenda. A polícia usou 150 homens na operação.

O delegado Luís Fernando Ramos Arantes, da Polícia Civil, disse que todos os detidos seriam liberados até o início da noite de hoje, mas vão responder a processos por desobediência ou resistência à polícia no Juizado Especial de Pequenas Causas.

Arantes informou ainda que seriam feitos exames de corpo de delito em sete sem-terra que apresentavam ferimentos leves.

O comandante-regional da PM, coronel Carlos Estevão de Figueiredo, disse que no início da ação policial, por volta das 6h, um grupo de "cinco ou seis pessoas" tentou resistir à desocupação na fazenda.

Uma bomba de efeito moral e pelo menos um spray de pimenta foram usados pelos policiais contra o grupo.

Até as 19h (horário de Brasília), a PM ainda não havia concluído a retirada dos sem-terra. O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) indicou uma área para acampamento provisório dos sem-terra.

A propriedade desocupada tem 1.016 hectares e pertence à empresa Sinop Agroquímica. O MST alega que a área está na lista de 152 fazendas que pertencem à União, mas estão ilegalmente na posse de empresas ou de ruralistas no Estado.

Em Várzea Grande (25 km de Cuiabá), cerca de 1.800 sem-terra do MST liberaram a BR-364 no início da noite de anteontem. O bloqueio tinha sido montado em frente à fazenda do ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, acusado de liderar o crime organizado em Mato Grosso. A propriedade foi invadida na semana passada.

Liberdade

Após 74 dias presos em Dourados (218 km de Campo Grande) em Mato Grosso do Sul, os líderes do MST Carlos Aparecido Ferrari, 47, e Antônio Alves de Lima, 38, conhecido como Toninho Borborema, foram libertados hoje. Eles conseguiram um habeas corpus no Tribunal de Justiça.

Os dois são acusados de roubo e formação de quadrilha. Os crimes teriam sido cometidos por eles em outubro de 2000 durante uma invasão na fazenda Junqueira, em Eldorado (MS).
 

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