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17/11/2003 - 08h52

Reforma ministerial só sairá após 15 de dezembro, diz Lula

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JULIA DUAILIBI
da Folha de S.Paulo, em Santa Cruz de la Sierra

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a reforma ministerial não vai ser feita de forma "precipitada" e que não ocorrerá antes de 15 de dezembro, quando devem ter sido aprovadas as reformas previdenciária e tributária no Congresso.

Aproveitou para dizer também que é ele quem discutirá as mudanças no governo. "As pessoas sabem que quem troca o ministério é o presidente da República, e que quem discute com os partidos políticos o ministério é o presidente da República. No momento certo, as coisas vão acontecer, e eu terei o maior prazer do mundo de chamar a imprensa para comunicar as mudanças", declarou Lula anteontem ao deixar o hotel Los Tajibos, em Santa Cruz de la Sierra, a caminho do aeroporto para voltar ao Brasil.

O ministro da Casa Civil, José Dirceu, é responsável pela articulação política do governo e tem conversado com políticos sobre nomes para o ministério.

O presidente falou da reforma ministerial ao ser contestado sobre as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem havia se encontrado por cerca de 20 minutos, no dia anterior, durante a 13ª Cúpula Ibero-Americana, na Bolívia.

Após o encontro, Fernando Henrique disse que Lula faria uma reforma "calma" e que não estava com a "vocação de cortar muita gente agora".

Segundo Lula, ele e FHC não conversaram sobre mudanças no ministério. "Não falei com ele sobre isso. Até porque não tinha de falar isso com ele. Somos velhos amigos desde 77", disse.

Na versão do presidente, mais genérica que a de FHC, no encontro os dois falaram sobre "o Brasil" e o "Informe Cardoso", documento encomendado a FHC pela cúpula e apresentado durante a reunião da entidade.

A reforma ministerial não será feita de forma "precipitada", mas com a mesma "tranquilidade" com que iniciou a formação do ministério há um ano, disse Lula. "Os ministros são ministros até que eu reúna o ministério e discuta como fazer mudanças", completou, negando haver pressões para começar logo as mudanças.

Setores da base aliada do governo têm condicionado o apoio às reformas tributária e a da Previdência, em tramitação no Senado, a uma maior participação no ministério. O PMDB, que não está no governo, deverá ficar com duas vagas na reforma ministerial. As mais cotadas são a pasta das Cidades e das Comunicações.

A data de 15 de dezembro, confirmada pelo presidente para começar a fazer as alterações no ministério, é quando acaba o ano legislativo e, em tese, as duas reformas teriam de estar aprovadas pelos parlamentares.

Em meio a pressões para começar a mexer nos ministros em troca de uma tramitação mais fácil da reforma, o presidente deve receber amanhã, no Planalto, os presidentes dos partidos aliados.
 

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