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25/11/2003 - 22h09

MST sai de fazenda de Arcanjo em MT

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HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

Em busca de uma audiência hoje em Cuiabá (MT) com o ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), os sem-terra que invadiram no último dia 3 a fazenda São João deixaram hoje a propriedade.

A fazenda, localizada em Várzea Grande (25 km de Cuiabá), está entre os bens do ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, 52, declarados indisponíveis pela Justiça Federal. Arcanjo é acusado de liderar o crime organizado no Estado e está preso desde abril no Uruguai por uso de documento falso.

Cinco sem-terra sofreram queimaduras causadas por fogos de artifício quando saiam da propriedade. Segundo o coordenador estadual do MST Juarez de Jesus, 29, é costume do movimento soltar fogos durante as retiradas em propriedades invadidas.

Um dos feridos permanecia internado no hospital público de Várzea Grande. A reportagem não conseguiu saber o nome do sem-terra.

Cerca de 1.800 sem-terra, na estimativa do MST, estavam na fazenda. A Polícia Militar informava que eram 800.

A Justiça havia determinado no dia 13 a retirada dos sem-terra da fazenda. "Para não passar por uma nova humilhação, o movimento resolveu sair pacificamente", disse Jesus.

Segundo o coordenador do MST, os sem-terra "já foram despejados três vezes e temiam violência policial". Jesus afirmou ainda que seguranças da fazenda intimidavam as famílias com tiros disparados para o alto à noite.

O grupo deixou a área por volta das 9h (11h, no horário de Brasília). Parte dos sem-terra seguiu para um trevo na BR-364, em Várzea Grande, a 18 km da fazenda de Arcanjo.

Os demais sem-terra foram acampar em frente ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Cuiabá.

Rossetto tem uma reunião marcada para as 17h de hoje com os líderes do MST, informou o superintendente do Incra em Mato Grosso, Leonel Wohlfahr.
Segundo ele, o MST pede a desapropriação de 152 fazendas que seriam terras da União ocupadas ilegalmente por fazendeiros ou empresas.
 

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