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Paulinho admite ter dado passagens aéreas para o movimento sindical
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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, afirmou que, no entendimento dos parlamentos, as passagens aéreas podiam ser usadas do jeito que cada um quisesse, sem limitações. Assim, ele admitiu ter dado bilhetes para o movimento sindical.
"Quando eu cheguei na Câmara (...), me disseram o seguinte: isso é seu e você faz o que você quiser com isso", afirmou. "Eu acho que houve alguns erros, alguns exageros e tinha muita gente que vendeu passagem e tudo mais, mas havia um entendimento de que essa passagem era dele e ele fazia o que ele queria", acrescentou.
"Todo mundo do movimento sindical que me pedia [passagem aérea], eu dava. Quer dizer, eu avaliava: se fosse de sindicato rico, eu não dava. Eu dei [passagem aérea] para pescador, eu dei para movimento de mulher, movimento jovem, normalmente para fazer protesto lá [Brasília]", disse ele.
O deputado aprovou as mudanças nas regras, mas criticou o presidente da Câmara, Michel Temer (PDMB-SP). "Eu acho que o erro foi do Michel Temer [presidente da Câmara] em não ter esclarecido isso. Se está errado, tem que mudar isso hoje", acrescentou. "Agora, eu acho que mudou de forma correta e voltou ao que era antes, uma passagem para ir e voltar do Estado, e acho que isso é o mais correto."
O deputado afirmou ainda ser "um absurdo" a proposta de aumento do salário dos deputados como compensação pelas restrições no uso de passagens aéreas e defendeu o fim das verbas indenizatórias. "Eu acho que tinha que acabar com aquela verba indenizatória. Ela não é regulamentada e tudo o que você faz o pessoal te chama de ladrão", afirmou.
Segundo ele, a Câmara poderia arcar com os gastos suplementares da atividade parlamentar, como viagens pelo interior dos Estados, por exemplo, caso a caso, desde que o deputado apresentasse uma justificativa para os gastos.
Mudanças
Depois do episódio conhecido como "farra de passagens aéreas", a Câmara decidiu restringir o uso da cota para os parlamentares e seus assessores diretos --com a proibição de que os recursos sejam utilizados para financiar a viagem de familiares. Os bilhetes só poderão ser emitidos em nome dos deputados ou de um assessor credenciado, que precisará de autorização da Terceira Secretaria para viajar.
A Casa decidiu ainda que as passagens só poderão ser utilizadas no Brasil e com viagens relacionadas ao mandato do parlamentar. Se a cota não for utilizada em sua totalidade, o crédito retorna imediatamente para a Câmara. Ficou definido que os parlamentares terão que disponibilizar na internet toda a movimentação da cota de passagens, informando, por exemplo, o trecho utilizado.
A Mesa Diretora da Câmara estabeleceu ainda que os deputados interessados em viajar ao exterior para alguma atividade parlamentar terão que pedir autorização para a Terceira Secretaria e justificar. Serão permitidas presenças em congressos e seminários.
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