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01/05/2009 - 10h56

Paulinho admite ter dado passagens aéreas para o movimento sindical

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, afirmou que, no entendimento dos parlamentos, as passagens aéreas podiam ser usadas do jeito que cada um quisesse, sem limitações. Assim, ele admitiu ter dado bilhetes para o movimento sindical.

"Quando eu cheguei na Câmara (...), me disseram o seguinte: isso é seu e você faz o que você quiser com isso", afirmou. "Eu acho que houve alguns erros, alguns exageros e tinha muita gente que vendeu passagem e tudo mais, mas havia um entendimento de que essa passagem era dele e ele fazia o que ele queria", acrescentou.

"Todo mundo do movimento sindical que me pedia [passagem aérea], eu dava. Quer dizer, eu avaliava: se fosse de sindicato rico, eu não dava. Eu dei [passagem aérea] para pescador, eu dei para movimento de mulher, movimento jovem, normalmente para fazer protesto lá [Brasília]", disse ele.

O deputado aprovou as mudanças nas regras, mas criticou o presidente da Câmara, Michel Temer (PDMB-SP). "Eu acho que o erro foi do Michel Temer [presidente da Câmara] em não ter esclarecido isso. Se está errado, tem que mudar isso hoje", acrescentou. "Agora, eu acho que mudou de forma correta e voltou ao que era antes, uma passagem para ir e voltar do Estado, e acho que isso é o mais correto."

O deputado afirmou ainda ser "um absurdo" a proposta de aumento do salário dos deputados como compensação pelas restrições no uso de passagens aéreas e defendeu o fim das verbas indenizatórias. "Eu acho que tinha que acabar com aquela verba indenizatória. Ela não é regulamentada e tudo o que você faz o pessoal te chama de ladrão", afirmou.

Segundo ele, a Câmara poderia arcar com os gastos suplementares da atividade parlamentar, como viagens pelo interior dos Estados, por exemplo, caso a caso, desde que o deputado apresentasse uma justificativa para os gastos.

Mudanças

Depois do episódio conhecido como "farra de passagens aéreas", a Câmara decidiu restringir o uso da cota para os parlamentares e seus assessores diretos --com a proibição de que os recursos sejam utilizados para financiar a viagem de familiares. Os bilhetes só poderão ser emitidos em nome dos deputados ou de um assessor credenciado, que precisará de autorização da Terceira Secretaria para viajar.

A Casa decidiu ainda que as passagens só poderão ser utilizadas no Brasil e com viagens relacionadas ao mandato do parlamentar. Se a cota não for utilizada em sua totalidade, o crédito retorna imediatamente para a Câmara. Ficou definido que os parlamentares terão que disponibilizar na internet toda a movimentação da cota de passagens, informando, por exemplo, o trecho utilizado.

A Mesa Diretora da Câmara estabeleceu ainda que os deputados interessados em viajar ao exterior para alguma atividade parlamentar terão que pedir autorização para a Terceira Secretaria e justificar. Serão permitidas presenças em congressos e seminários.

Comentários dos leitores
Carlos Franco Franco (440) 08/05/2009 11h02
Carlos Franco Franco (440) 08/05/2009 11h02
Prestação de contas cai de 24 meses para nove meses, que beleza, qdo usamos verba de empresa, prestamos conta no maximo dia seguinte, no congresso deveria ser minimo trinta dias,gastam a verbas publicas e para prestarem conta nove meses, um absurdo, só neste país. ai vem esquecimentos e as maracutais, e armações, como sabemos. tudo errado.o povo tem que aceitar. sem opinião
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José Lima (12) 01/05/2009 23h27
José Lima (12) 01/05/2009 23h27
com certeza estes e outros se beneficiam com a ignorancia do povo, veja... quando eles falam que não era crime usar dinheiro público para viagens para parentes eles se esquecem dos princípios basilares do direito administrativo que é Legalidade, Impessoalidade, MORALIDADE, Publicidade, vejamos, crime? penalmente seria difícil mesmo, mas com certeza dá ensejo a improbidade administrativa, no mínimo, afinal de contas, usar o dinheiro público para pagar viagens para outros, que não o parlamentar, é uma afronta à moralidade, e a inteligencia do brasileiro em ter de ficar queto e aceitar como sendo uma HIPOCRISIA??? onde estamos? fiquei tão chocado não apenas pelo fato de existir pessoas que façam isso mas com pessoas que ainda DEFENDAM COMO VÁLIDO tais atos... isso é uma humilhação muito grande para o povo brasileiro que acabou de fazer sua declaração de imposto de renda... um dia triste para sociedade brasileira... espero que agora as pessoas entendam o valor do voto... 1 opinião
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Paulo Rêis (89) 01/05/2009 16h30
Paulo Rêis (89) 01/05/2009 16h30
A corrupção e a impunidade, nos meios politicos, chegou a tal ponto, que eles agora confessam em alto e bom som essas imoralidades.De Rui Barbosa para cá, só piorou.
FIM DO VOTO OBRIGATÓRIO,PARA A MORALIZAÇÃO DA POLITICA NACIONAL.
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