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Índios fazem pressão para acelerar ação de retirada na Raposa
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JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha, na Raposa/Serra do Sol
Dois dias após o fim do prazo legal (0h de quinta) para a saída dos não índios da Raposa/Serra do Sol, no nordeste de Roraima, indígenas já começam a ficar impacientes com o que consideram lentidão das retiradas.
Membros do CIR (Conselho Indígena de Roraima) se reuniram ontem para pressionar a Polícia Federal, a Força Nacional de Segurança e a Funai (Fundação Nacional do Índio) a acelerar o que chamam de operação de "desintrusão".
Reclamam que, mesmo na vila Surumu, porta de entrada da área, ainda restam mais de dez não índios, mas que são casados com indígenas. Alguns, dizem, participaram de um tiroteio, em maio do ano passado, que terminou com nove membros do conselho feridos.
A Folha viu ao menos um dos detidos à época andando na vila, a poucos metros de um dos baleados. Não havia nenhum tipo de provocação direta.
"Disseram que iam prender todo mundo, mas não cumpriram com a palavra. E ainda tem cachaça entrando", disse Martinho Souza, liderança do CIR.
A questão da bebida alcoólica é essencial para a entidade, que vê nela um dos motivos para o aumento da violência na comunidade e o distanciamento de suas tradições culturais.
Líderes de diferentes regiões da terra tentariam, na noite de ontem, fazer uma nova reunião na Surumu --que o CIR quer rebatizar de "Comunidade do Barro", seu antigo nome.
Segundo a cúpula da operação que faz a retirada determinada pelo STF --que deve ir até o fim deste mês--, o que está acontecendo é uma ação cautelosa, para evitar conflitos.
Os não índios que ainda restam na área são apoiados pela Sodiur (Sociedade em Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima) e muitos são casados com mulheres desta organização. Ontem, lideranças das duas entidades chegaram a ter uma discussão ríspida na vila.
Um deles é Ryan Farias, morador de um conjunto de 12 casas construído com recursos da Prefeitura da Pacaraima (RR), quando o rizicultor Paulo César Quartiero era prefeito. "Medo, a gente não tem, não [de ser expulso]. Mas vamos para onde?", questionou.
Segundo ele e sua mulher, Sandra José, as autoridades federais já garantiram a continuidade desse tipo de casal na reserva. "Se formos embora, não vamos ter indenização, porque a casa é do governo."
Para Osorito Ulisses, um dos coordenadores da Funai na área, essa questão deve ser discutida após a operação, e entre os próprios índios. Ontem, a movimentação na reserva era tranquila e nenhum caminhão foi visto deixando o local.
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A ambição por terras e o melhor negócio que existe, não precisa plantar nas terras é consegui-las, sendo esse o principal objetivos dos índios e dos fazendeiros, depois vem o negocio para quem trabalha é honesto e desenvolve a terra.
Para esse vai sobrar a oportunidade de arrendar essas terras, comprar essa terras de Índios e Fazendeiros e outros oportunistas e tirar o lucro que a terra pode propiciar.
Interessante ninguem fala que os sem terra daquela região que estão lá a mais de 20 anos estão produzindo, tantas toneladas de Arroz, de Soja de feijão, de milho.
Ninguem fala isso que os Índios tambem estão produzindo o mesmo nas terras que ganharão de presente da União, ninguem fala nada e todos querem as terras os objetivos são divernos!
O primeiro ojjetivo e os bons emprestimos do governo Federal com os Bancos Publicos, já estão por lá o BNDES, e a CEF.
Bem todos querem o principal o cerne sem precisarem trabalhar, depois da valorização vai vir o negocio e o dinheiro da vendo ou do Arrendamento e é claro vai ter uma lei que vai aprovar que os Índios possam vender parte das suas reservas que os assentados do MST, tambem possam vender e assim vai indo.
Apareceu esses dias na TV que assentados a mais de dois anos não conseguiam produzir nada e olhem que tem o MST por traz de tudo.
Muitos já venderam os lotes.
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