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14/12/2003
-
15h50
da Folha Online
Heloísa Helena Lima de Moraes Carvalho, 40 anos, natural de Pão de Açúcar (sertão de Alagoas) é formada em enfermagem e professora licenciada do Centro de Saúde da UFAL (Universidade Federal de Alagoas), na cadeira de Epidemiologia.
Bóia-fria na infância, enfermeira e professora, a senadora é hoje, por sua densidade eleitoral e trajetória política, a representante da ala radical que mais constrangimento causa à cúpula petista.
A relação conflituosa entre ela e a direção do partido teve início em julho do ano passado, quando Helena se recusou a ter como vice um político do PL. Em protesto, acabou renunciando à candidatura ao governo de Alagoas. Mas foi em dezembro, após a vitória de Lula, que seu protestos adquiriram o tom de desobediência. Na ocasião, ela se recusou a aprovar o nome de Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central.
Candidata pela primeira vez em 1992, se elegeu vice-prefeita de Maceió na chapa do hoje governador Ronaldo Lessa (PSB). Dois anos depois, foi eleita deputada estadual, a primeira pelo PT em Alagoas. Diz não saber quantas ameaças anônimas de morte já recebeu. "Se eu tivesse que morrer, já tinha morrido. O que eu já peguei de briga aqui..." Em 1994, conquistou uma cadeira na Assembléia Legislativa.
Em 1996 rompeu com Lessa ao candidatar-se à Prefeitura de Maceió contra a então secretária da saúde do município, Kátia Born (PSB), que acabou eleita. Mesmo liderando as pesquisas desde o início do processo eleitoral, foi derrotada no segundo turno.
Em 1998, foi eleita senadora com 56% dos votos válidos. Teria sido a candidata do partido ao governo do Estado no ano passado se não tivesse se recusado a se coligar com o PL. "O PL em Alagoas é formado por 'colloridos', moleques de usineiros e indiciados na CPI do Narcotráfico", declarou.
No Senado, além da postura radical, chama atenção pelo seu figurino: calça jeans e camiseta branca, contrastando com a sisudez habitual da Casa. Na posse do presidente, um de seus últimos momentos de confraternização com a bancada, foi elogiada pelos colegas ao aparecer de vestido vermelho.
Crítica dos rumos do PT desde o ano passado, a senadora já mencionou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como seu maior ídolo na política. A declaração foi dada à reportagem em 1996, ano em que ela, apesar de ter liderado a eleição, foi derrotada na disputa pela Prefeitura de Maceió.
Heloísa Helena foi bóia-fria na infância
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Heloísa Helena Lima de Moraes Carvalho, 40 anos, natural de Pão de Açúcar (sertão de Alagoas) é formada em enfermagem e professora licenciada do Centro de Saúde da UFAL (Universidade Federal de Alagoas), na cadeira de Epidemiologia.
Bóia-fria na infância, enfermeira e professora, a senadora é hoje, por sua densidade eleitoral e trajetória política, a representante da ala radical que mais constrangimento causa à cúpula petista.
A relação conflituosa entre ela e a direção do partido teve início em julho do ano passado, quando Helena se recusou a ter como vice um político do PL. Em protesto, acabou renunciando à candidatura ao governo de Alagoas. Mas foi em dezembro, após a vitória de Lula, que seu protestos adquiriram o tom de desobediência. Na ocasião, ela se recusou a aprovar o nome de Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central.
Candidata pela primeira vez em 1992, se elegeu vice-prefeita de Maceió na chapa do hoje governador Ronaldo Lessa (PSB). Dois anos depois, foi eleita deputada estadual, a primeira pelo PT em Alagoas. Diz não saber quantas ameaças anônimas de morte já recebeu. "Se eu tivesse que morrer, já tinha morrido. O que eu já peguei de briga aqui..." Em 1994, conquistou uma cadeira na Assembléia Legislativa.
Em 1996 rompeu com Lessa ao candidatar-se à Prefeitura de Maceió contra a então secretária da saúde do município, Kátia Born (PSB), que acabou eleita. Mesmo liderando as pesquisas desde o início do processo eleitoral, foi derrotada no segundo turno.
Em 1998, foi eleita senadora com 56% dos votos válidos. Teria sido a candidata do partido ao governo do Estado no ano passado se não tivesse se recusado a se coligar com o PL. "O PL em Alagoas é formado por 'colloridos', moleques de usineiros e indiciados na CPI do Narcotráfico", declarou.
No Senado, além da postura radical, chama atenção pelo seu figurino: calça jeans e camiseta branca, contrastando com a sisudez habitual da Casa. Na posse do presidente, um de seus últimos momentos de confraternização com a bancada, foi elogiada pelos colegas ao aparecer de vestido vermelho.
Crítica dos rumos do PT desde o ano passado, a senadora já mencionou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como seu maior ídolo na política. A declaração foi dada à reportagem em 1996, ano em que ela, apesar de ter liderado a eleição, foi derrotada na disputa pela Prefeitura de Maceió.
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