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13/12/2003
-
06h43
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente do PT, José Genoino, apresentou ontem, em reunião do campo majoritário da legenda, uma carta do governador de Roraima, Flamarion Portela, pedindo a suspensão do partido por três meses.
Flamarion, que ingressou no PT em fevereiro, tem seu nome envolvido em acusações de fraude no processamento da folha de pagamento do Estado. Ele era vice do governador Neudo Campos (PP), denunciado no caso, o "escândalo dos gafanhotos" investigado pela Polícia Federal.
Genoino insistiu na versão de que partiu do governador a iniciativa de escrever a carta. Coincidência ou não, a corrente Movimento PT, do campo majoritário, enviou para o presidente do partido, na semana passada, um documento pedindo uma atitude.
Foram apresentadas três opções para Genoino: o afastamento voluntário do governador, como ocorreu; o partido propor a suspensão, que seria votada na reunião do Diretório Nacional que acontece hoje e amanhã em Brasília; ou levar o caso para a Comissão de Ética do PT.
A permanência de Flamarion no PT seria explorada na reunião do diretório. No encontro, será decidida a esperada expulsão da senadora Heloísa Helena (AL) e dos deputados Luciana Genro (RS), Babá (PA) e João Fontes (SE). Foi aberto processo contra eles na Comissão de Ética por terem votado contra as reformas da Previdência e tributária, além da sistemática oposição ao governo.
Recado
O deputado Walter Pinheiro, contrário à expulsão, deu a deixa durante ato pró-radicais realizado anteontem. "Vai ficar muito pior se punir [os parlamentares] e lá na frente descobrir que figuras que acabaram de entrar no partido estão comprometidas em sua postura ética. Isso pode acirrar as contradições", disse ele, referindo-se ao governador de Roraima.
O presidente do PT rejeitou a associação entre os dois casos. "Não estamos discutindo uma questão disciplinar, e sim combate à corrupção. Alguns utilizam qualquer coisa para fazer luta interna", disse Genoino.
Ele ainda provocou os petistas que criticam o partido ao anunciar a formação de uma comissão permanente para acompanhar as investigações no Estado.
"Os deputados que querem o esclarecimento dos fatos deveriam se oferecer para integrar a comissão e ir para Roraima", afirmou o presidente.
Anunciada por Genoino, saída foi sugerida em documento interno
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O presidente do PT, José Genoino, apresentou ontem, em reunião do campo majoritário da legenda, uma carta do governador de Roraima, Flamarion Portela, pedindo a suspensão do partido por três meses.
Flamarion, que ingressou no PT em fevereiro, tem seu nome envolvido em acusações de fraude no processamento da folha de pagamento do Estado. Ele era vice do governador Neudo Campos (PP), denunciado no caso, o "escândalo dos gafanhotos" investigado pela Polícia Federal.
Genoino insistiu na versão de que partiu do governador a iniciativa de escrever a carta. Coincidência ou não, a corrente Movimento PT, do campo majoritário, enviou para o presidente do partido, na semana passada, um documento pedindo uma atitude.
Foram apresentadas três opções para Genoino: o afastamento voluntário do governador, como ocorreu; o partido propor a suspensão, que seria votada na reunião do Diretório Nacional que acontece hoje e amanhã em Brasília; ou levar o caso para a Comissão de Ética do PT.
A permanência de Flamarion no PT seria explorada na reunião do diretório. No encontro, será decidida a esperada expulsão da senadora Heloísa Helena (AL) e dos deputados Luciana Genro (RS), Babá (PA) e João Fontes (SE). Foi aberto processo contra eles na Comissão de Ética por terem votado contra as reformas da Previdência e tributária, além da sistemática oposição ao governo.
Recado
O deputado Walter Pinheiro, contrário à expulsão, deu a deixa durante ato pró-radicais realizado anteontem. "Vai ficar muito pior se punir [os parlamentares] e lá na frente descobrir que figuras que acabaram de entrar no partido estão comprometidas em sua postura ética. Isso pode acirrar as contradições", disse ele, referindo-se ao governador de Roraima.
O presidente do PT rejeitou a associação entre os dois casos. "Não estamos discutindo uma questão disciplinar, e sim combate à corrupção. Alguns utilizam qualquer coisa para fazer luta interna", disse Genoino.
Ele ainda provocou os petistas que criticam o partido ao anunciar a formação de uma comissão permanente para acompanhar as investigações no Estado.
"Os deputados que querem o esclarecimento dos fatos deveriam se oferecer para integrar a comissão e ir para Roraima", afirmou o presidente.
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