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11/01/2004 - 05h17

Programa surgiu com JK; Geisel assinou acordo

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da Folha de S.Paulo

O programa nuclear brasileiro começou em outubro de 1956, quando o presidente Juscelino Kubitschek criou a Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear).

Em 1960, Juscelino estuda a construção de uma usina nuclear em Angra dos Reis (RJ), mas o projeto não sai do papel. Em agosto de 1962, o governo João Goulart estabeleceu o monopólio estatal sobre os minérios nucleares.

Em 1967, o presidente Costa e Silva cria o Programa Nuclear Brasileiro. Em março de 1970, o governo Emílio Médici anuncia que Angra dos Reis (RJ) foi escolhida para abrigar uma usina nuclear e, em 1971, aprova a proposta da Westinghouse (EUA). Orçada em US$ 308 milhões, Angra 1 começa a ser erguida em 1972. Entra em operação em 1982, após consumir US$ 2 bilhões.

O acordo com a Westinghouse não transferia tecnologia para o país. Essa iniciativa foi objeto de muitos debates, que motivaram uma mudança de orientação. Em dezembro de 1974, já no governo Ernesto Geisel, é criada a Nuclebrás e, em junho de 1975, o país assina o acordo nuclear com a Alemanha.

Mas os custos do programa eram muito elevados. Em 1988, o governo José Sarney extingue a Nuclebrás e transfere a construção de Angra 2 e Angra 3 para Furnas. Angra 2 só começa a operar em julho de 2000.

Esses insucessos levaram a Marinha, em 1979, a iniciar o Programa Nuclear Autônomo (ou "Paralelo"), desenvolvido, a partir de 1981, no Instituto de Pesquisas Nucleares, em São Paulo.

Em 1986 são descobertas instalações nucleares na Serra do Cachimbo, no Pará --incluindo um poço para testar armas nucleares. Em 1987, Sarney anuncia que a Cnen já domina o processo de enriquecimento do urânio, que torna o país apto a fabricar a bomba atômica, mas assegura que o programa brasileiro é pacífico. A Constituição de 1988 define que toda atividade nuclear no Brasil terá fins pacíficos. Em 1990, no governo Fernando Collor, o poço na Serra do Cachimbo é fechado.
 

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