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13/01/2004
-
17h58
da Folha Online
O deputado federal José Mentor (PT-SP), relator da CPI do Banestado, confirmou durante entrevista coletiva concedida na Assembléia Legislativa de São Paulo ter recebido documentos que comprovam a existência de uma conta bancária em nome do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, e de sua ex-mulher, Nicéa Camargo, no North Fork Bank, de Nova York.
De acordo com Mentor, estão em poder da CPI cinquenta folhas de documentos e trinta folhas de extratos bancários. A conta teria sido aberta em 1994, quando Pitta era secretário de finanças do município, e encerrada em 1997 com uma transferência de fundos - -o relator disse ainda não ter condições de informar o destino desta transferência.
A ex-primeira-dama Nicéa Camargo, também presente à entrevista, reafirmou ter assinado os papéis de abertura da conta por orientação de Pitta, à época seu marido. Segundo Nicéa, a funcionária responsável pela abertura da conta teria mencionado na ocasião uma suposta conta do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf. "Ela prometeu ao meu ex-marido os mesmos rendimentos que concedia a um outro cliente [o ex-prefeito Paulo Maluf], já que ele [Pitta] vinha pela indicação do mesmo", disse.
Ela afirmou também que, durante viagem a Paris, em 1996, logo após a eleição de Pitta para a Prefeitura de São Paulo, participou de uma reunião entre seu ex-marido e dois supostos banqueiros suíços. Apesar de não ter entendido o que foi tratado, já que não fala francês, ela teria sido informada pelo ex-marido após a conversa de que ele pretendia transferir para um banco suíço os fundos da conta aberta em 1994 em Nova York.
Para o deputado José Mentor, "a existência dessa conta dá credibilidade a outras informações que dona Nicéa Pitta tinha declarado em depoimento à CPI". Mentor disse que os documentos que estão em seu poder passarão agora por uma análise cuidadosa dos técnicos da CPI para verificar se há mais alguma informação relevante que tenha passado desapercebida.
Outro lado
De acordo com Antenor Braido, ex-secretário de comunicação da prefeitura durante a gestão de Celso Pitta, o ex-prefeito nega ter contas bancárias no exterior. Segundo Braido, Pitta diz que todas as denúncias formuladas por Nicéa até hoje acabaram desmentidas ou arquivadas a pedido do Ministério Público.
Ele diz ainda que a ex-primeira-dama chegou a apresentar uma agenda que dizia pertencer ao ex-prefeito, o que perícias posteriores revelaram não ser verdadeiro.
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Entenda o caso Banestado
Relator da CPI do Banestado confirma conta de Pitta em NY
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O deputado federal José Mentor (PT-SP), relator da CPI do Banestado, confirmou durante entrevista coletiva concedida na Assembléia Legislativa de São Paulo ter recebido documentos que comprovam a existência de uma conta bancária em nome do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, e de sua ex-mulher, Nicéa Camargo, no North Fork Bank, de Nova York.
De acordo com Mentor, estão em poder da CPI cinquenta folhas de documentos e trinta folhas de extratos bancários. A conta teria sido aberta em 1994, quando Pitta era secretário de finanças do município, e encerrada em 1997 com uma transferência de fundos - -o relator disse ainda não ter condições de informar o destino desta transferência.
A ex-primeira-dama Nicéa Camargo, também presente à entrevista, reafirmou ter assinado os papéis de abertura da conta por orientação de Pitta, à época seu marido. Segundo Nicéa, a funcionária responsável pela abertura da conta teria mencionado na ocasião uma suposta conta do ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf. "Ela prometeu ao meu ex-marido os mesmos rendimentos que concedia a um outro cliente [o ex-prefeito Paulo Maluf], já que ele [Pitta] vinha pela indicação do mesmo", disse.
Ela afirmou também que, durante viagem a Paris, em 1996, logo após a eleição de Pitta para a Prefeitura de São Paulo, participou de uma reunião entre seu ex-marido e dois supostos banqueiros suíços. Apesar de não ter entendido o que foi tratado, já que não fala francês, ela teria sido informada pelo ex-marido após a conversa de que ele pretendia transferir para um banco suíço os fundos da conta aberta em 1994 em Nova York.
Para o deputado José Mentor, "a existência dessa conta dá credibilidade a outras informações que dona Nicéa Pitta tinha declarado em depoimento à CPI". Mentor disse que os documentos que estão em seu poder passarão agora por uma análise cuidadosa dos técnicos da CPI para verificar se há mais alguma informação relevante que tenha passado desapercebida.
Outro lado
De acordo com Antenor Braido, ex-secretário de comunicação da prefeitura durante a gestão de Celso Pitta, o ex-prefeito nega ter contas bancárias no exterior. Segundo Braido, Pitta diz que todas as denúncias formuladas por Nicéa até hoje acabaram desmentidas ou arquivadas a pedido do Ministério Público.
Ele diz ainda que a ex-primeira-dama chegou a apresentar uma agenda que dizia pertencer ao ex-prefeito, o que perícias posteriores revelaram não ser verdadeiro.
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