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27/05/2009 - 10h31

Governador distrital de Caracas ataca Chávez em carta a Sarney

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

Em carta ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o governador distrital de Caracas, Antonio Ledezma, disse que, se o Congresso brasileiro aprovar a adesão na Venezuela no Mercosul, abrirá um "precedente muito grave" porque o presidente do seu país, Hugo Chávez, "não crê nos princípios de mercado, no processo de integração e já insultou o Senado brasileiro".

Em 2007, Chávez chamou os senadores brasileiros de "papagaios do império americano", por terem criticado o fim da concessão do canal de TV oposicionista RCTV. Ledezma, opositor ferrenho de Chávez, disse que as recentes ações do presidente venezuelano "demonstram uma escalada autoritária", o que desrespeita a cláusula do Mercosul de que os membros do bloco econômico devem ter como regime político a democracia.

Eleito em novembro, Ledezma teve sua gestão quase esvaziada por Chávez, que nomeou uma governadora biônica para Caracas que ficou com 90% do Orçamento da região metropolitana. A Folha apurou que Sarney irá responder a carta sem entrar no mérito.

Apesar de ser contra a adesão da Venezuela, avalia que não pode se posicionar por ser presidente do Senado. A Comissão de Relações Exteriores do Senado deve votar nas próximas semanas o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul. Somente depois disso o texto segue para discussão final no plenário, uma vez que já foi aprovado pela Câmara.

O relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), disse que só irá apresentar seu parecer após receber informações do governo o resultado das negociações técnicas para a incorporação do país na união aduaneira, concluídas ontem, em Salvador.

O presidente Lula anunciou ontem que houve avanço nessas negociações. Segundo ele, foi firmado acordo sobre o cronograma que prevê a adesão da Venezuela às tarifas comerciais padronizadas entre os países membros do Mercosul.

A comissão está dividida, mas a tendência é aprovar o protocolo com reservas.

 

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