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23/01/2004 - 11h30

Presidente troca teoria pela prática na reforma ministerial

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VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
da Folha Online

A reestruturação ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou até agora que a reforma já está maior do que a prevista inicialmente, quando o governo pensava em ceder apenas dois cargos a peemedebistas em troca de apoio fechado no Congresso. Uma mudança mais ampla seria feita em abril para dar uma "saída honrosa" a ministros mal avaliados, que concorreriam às eleições municipais.

Lula trocou dois acadêmicos do governo --José Graziano (Segurança Alimentar) e Cristovam Buarque (Educação)-- por gestores que tiveram administrações municipais consideradas bem-sucedidas: Patrus Ananias (PT), em Belo Horizonte, e Tarso Genro (PT), em Porto Alegre.

O governo também decide hoje se enxuga as 35 pastas e secretarias --avaliadas como "excessivas"-- e unifica programas, como fez com o Bolsa-Família e com o superministério social, que vai reunir os atuais Assistência e Promoção Social e Segurança Alimentar, principal vitrine do primeiro ano de governo do PT.

Em tom de desabafo, Lula deu um tapa na mesa anteontem à noite, quando conversava com o novo ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos (PSB-PE). Disse que não agüentava mais "acadêmicos" no governo e que tiraria Cristovam. "Quero ministros para apresentar resultados, não para ficar com tese, com conversa. Por isso, estou pegando essa turma boa da Câmara", disse

Medida Provisória

Lula --que viaja nesta sexta-feira para a Índia e de lá embarca para a Suíça-- não deverá empossar os novos ministros escolhidos nesta semana para evitar a superexposição na mídia e não gerar "estardalhaço".

Para empossar os novos ministros da Articulação Política, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), atual líder do governo na Câmara, e da superpasta social de Ananias, o presidente deveria ter editado hoje uma Medida Provisória criando os dois ministérios. Depois de publicada no "Diário Oficial" da União, o Congresso terá 48 horas para formar uma comissão mista --composta de sete deputados e sete senadores-- que vai analisar a medida. A MP tem poder de lei por 60 dias.

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