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CPI pode causar "paralisia" na Petrobras, diz Gabrielli
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DIMITRI DO VALLE
da Agência Folha, em São Mateus do Sul
O presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, disse ontem que "denúncias infundadas" veiculadas na CPI sobre a estatal podem causar "paralisia" nas atividades da empresa.
Gabrielli afirmou que a comissão "pode se transformar em algo" que ainda vai "descobrir o que investigar". Para ele, "o problema é que isso poderá vir a paralisar a companhia".
"Cada assunto [questionado na CPI] envolve dezenas ou centenas de pessoas. Portanto, tem que fazer um trabalho de mobilização conjunto de esforços na companhia para responder, às vezes, denúncias infundadas", afirmou Gabrielli em São Mateus do Sul (PR).
De acordo com ele, "a CPI tem um só objetivo: de criar imagens, criar clima, e não aprofundar e melhorar a governança da companhia".
Com o início das atividades da CPI, Gabrielli disse que pretende dedicar pelo menos dois dias por semana, em Brasília, para acompanhar o andamento das investigações.
Gabrielli declarou que a CPI pode prejudicar a imagem internacional da companhia, que, de acordo com ele, "é uma das mais transparentes do mundo".
"Esperamos que as iniciativas de investigação sem fato determinado não atrapalhem nosso setor de investimentos", afirmou o presidente da Petrobras, que chamou a CPI de "campanha" contra a estatal.
Conforme o dirigente, "com a permanência da Petrobras não mais nas páginas econômicas, mas nas páginas de política e de denúncias dos jornais, evidentemente mais cedo ou mais tarde vai impactar sobre a reputação da companhia".
Gabrielli voltou a dizer que "quem já lutou boxe sabe que bater no fígado não dá nocaute, mas vai enfraquecendo".
Já o diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, ao lado de Gabrielli durante entrevista coletiva, disse que a CPI pode produzir "atrasos [na execução de obras e projetos] e desemprego". "A história depois vai cobrar esse prejuízo", disse o diretor.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que a CPI é mais uma tentativa para "criar problemas para o governo". "Em 2008, torceram para que a crise arrefecesse a economia do país e criasse problemas sociais. Não conseguiram."
Neste ano, afirmou Bernardo, em "nova articulação frustrada, a oposição apostou que a gente ia fazer uma burrada com a poupança e outra vez deram com os burros n'água".
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