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Senadores da base conseguem adiar para semana que vem instalação da CPI da Petrobras
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A base aliada do governo no Senado adiou para a próxima quarta-feira a instalação da CPI da Petrobras. O senador Paulo Duque (PMDB-RJ), presidente temporário da comissão, havia convocado reunião para amanhã com o objetivo de dar início aos trabalhos da comissão. Os governistas, porém, querem mais tempo para negociar os nomes dos parlamentares que vão ocupar a presidência e a relatoria da CPI.
Oficialmente, líderes do governo afirmam que o adiamento tem como objetivo solucionar o impasse criado com a oposição na CPI das ONGs (organizações não governamentais). Os governistas querem que o senador Inácio Arruda (PC do B-CE) seja reconduzido à relatoria da comissão, atualmente ocupada pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).
Arruda perdeu o cargo ao se tornar titular da CPI da Petrobras. Como um parlamentar não pode ocupar simultaneamente duas comissões parlamentares de inquérito como titular, Arruda passou a suplente da CPI das ONGs --e perdeu automaticamente a relatoria. O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), presidente da CPI das ONGs, designou Virgílio para o cargo.
A mudança irritou os governistas, que prometem só instalar a CPI da Petrobras depois que a pendência na comissão das ONGs for solucionada. A oposição afirma, porém, que o discurso em torno da CPI das ONGs tem como objetivo ocultar o verdadeiro problema da base aliada governista, que é não chegar a um consenso sobre a relatoria e a presidência da comissão da Petrobras.
Os líderes Renan Calheiros (PMDB-AL) e Aloizio Mercadante (PT-SP) disputam nos bastidores as indicações para o comando da CPI da Petrobras. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), é cotado para assumir a relatoria, mas enfrenta resistências dentro do partido.
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) ganha força para se eleger relator da comissão. Como o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) não é mais titular da CPI, Raupp assumiu a vaga aberta com a saída do colega --que se transferiu para a suplência da comissão ao descobrir que terá que ser submetido a uma cirurgia. Ex-líder do PMDB na Casa, Raupp agrada ao grupo de Renan para assumir a relatoria.
Mercadante, por sua vez, trabalha para indicar um parlamentar do PT para a presidência da comissão. Os senadores Ideli Salvatti (PT-SC) e João Pedro (PT-AM) são cotados para o cargo, mas enfrentam resistências do PMDB na queda de braço entre os dois partidos.
Adiamento
A ideia dos governistas é protelar o início do trabalho até o recesso legislativo do mês de julho, o que na prática pode colocar em risco o funcionamento da comissão parlamentar de inquérito na Casa.
Na opinião de parlamentares da oposição, a intenção do governo é evitar que a CPI saia do papel uma vez que, na semana que vem, o Congresso vai estar esvaziado em consequência do feriado de Corpus Christi. Em seguida, os parlamentares também devem esvaziar a Câmara e o Senado para acompanhares as festas juninas no Nordeste.
"Eles sabem que semana que vem é morta, depois tem as festas de São João. Querem ganhar tempo porque não chegaram a um consenso entre si sobre a presidência e a relatoria da comissão", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).
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