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04/06/2009 - 19h14

Marina Silva pede para Lula vetar MP que legaliza ocupação de terras na Amazônia

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A senadora Marina Silva (PT-AC) pediu hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para vetar parte da medida provisória que legaliza a ocupação de terras públicas na Amazônia Legal. Com o apoio da bancada do PT no Senado, Marina Silva encaminhou carta ao presidente pedindo a revogação de três artigos da MP que, na sua opinião, trazem prejuízos à floresta.

A MP aprovada pelo Senado nesta quarta-feira permite a legalização de 67,4 milhões de hectares de terras públicas da União na Amazônia, para doação ou venda sem licitação, até o limite de 1.500 hectares.

Empresas que ocuparam terras públicas até 2004 também terão direito às propriedades. Os donos das terras poderão revendê-las três anos após a concessão dos títulos, no caso de imóveis médios e grandes. Os pequenos poderão ser vendidos após dez anos.

Marina quer impedir a venda dos terrenos no período de dez anos após a regularização, assim como a possibilidade de pessoas que não ocupam diretamente as terras serem beneficiadas. "Um dos artigos amplia extraordinariamente as possibilidades de legalização de terras griladas, permitindo a transferência de terras da União para pessoas jurídicas, para quem já possui outras propriedades rurais e para a ocupação indireta", argumenta Marina.

A senadora também pediu veto do artigo que prevê apenas uma declaração do ocupante da terra como requisito para a regularização fundiária. Marina Silva quer que o governo realize vistorias nas pequenas propriedades rurais antes de conceder a regularização da terra.

Na opinião da ex-ministra do Meio Ambiente, da forma como foi aprovada na Câmara e no Senado a medida provisória representa a "legalização da grilagem" ao não separar o "joio do trigo" entre as propriedades que serão regularizadas.

"O maior problema da MP são as brechas criadas para anistiar aqueles que cometeram o crime de apropriação de grandes extensões de terras públicas e agora se beneficiam de políticas originalmente pensadas para atender apenas aqueles posseiros de boa-fé", afirma Marina.

Defesa

A expectativa é que o presidente Lula se reúna com os ministros responsáveis pela regularização fundiária na Amazônia para discutir os vetos à MP.

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) admitiu hoje que o Congresso retirou do texto artigos que prejudicam a preservação ambiental na Amazônia. Mas comemorou o fato de deputados e senadores terem mantido, no texto, a determinação de perda das terras para aqueles que desmatarem a região.

"Isso agora vai ser objeto de reunião ministerial. Eu vou me reunir com os ministros e com o presidente para ver como proceder em relação a isso [vetos]. A regularização fundiária é muito importante. Só depois da reunião com o ministro vamos pedir ou deixar de pedir alguma coisa ao presidente", afirmou Minc.

Comentários dos leitores
caio bastos lucchesi (262) 08/01/2010 12h44
caio bastos lucchesi (262) 08/01/2010 12h44
Sem oxigênio não existe vida,consequentemente a
incapacidade dos nossos governos em acabar com
o desmatamento,propiciará para a humanidade o
argumento de ´´legítima defeza´´,justificando a ocupação internacional da Amazônia,ficando inde-
fensável moral e militarmente qualquer reação da
nossa parte,mesmo porque a potência hegemôni-
ca estará atuando em nome da humanidade,e não
serão alguns teco-tecos,brigadas de zarabatas,e
esquadrões de bordunas,que irão garantir a nossa
soberania.
sem opinião
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JORGE CHAGAS SOBRINHO (43) 07/01/2010 22h19
JORGE CHAGAS SOBRINHO (43) 07/01/2010 22h19
pelo visto a amazonia aos olhos dos belos politicos e orgãos que se vendem por qualquer coisa, sera de quem pagar mais. sem opinião
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JORGE CHAGAS SOBRINHO (43) 07/01/2010 22h18
JORGE CHAGAS SOBRINHO (43) 07/01/2010 22h18
este plano de defesa nacional, não é para defender o país ou o povo que aqui esta, e sim mandatos, cuecas cheias de grana, uma verdadeira autorização de bandalheira contra os cofres publicos e o povo deste país. sem opinião
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