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05/06/2009 - 07h39

Senadora Kátia Abreu diz que diálogo com Minc é impossível

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DIMITRI DO VALLE
da Agência Folha, em Curitiba

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) disse ontem que não tem mais condições de dialogar, como presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), com o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), mesmo numa eventual retratação dele.

"Ele deveria pensar um pouco melhor. O palavreado foi grotesco. Eu sempre o respeitei. Quem encerrou e fechou as portas foi ele", disse Kátia Abreu. Minc, porém, afirmou por meio de sua assessoria que tentará uma reaproximação. "Não quero que ele me ame", disse a senadora. "Quero que ele me respeite."

Ruralistas foram chamados de "vigaristas" pelo ministro do Meio Ambiente, o que gerou um pedido de Kátia Abreu para que o presidente Lula o demita.

"O que ficou na minha cabeça depois disso foi: esse cidadão [Minc] tem preconceito explícito contra nós", disse Abreu. "Conosco, o diálogo [com Minc] é praticamente impossível. Minha agenda não tem mais espaço para ele", disse ela no Paraná, onde participou de conferências sobre agronegócio. "Ninguém chama ninguém de vigarista à toa. Ele é ministro de Estado e tem obrigação de ser polido."

Para Abreu, Minc quer criar uma "divisão ideológica" entre os produtores rurais. "Quer dizer que eu vou usar o meio ambiente para dividir os menores [agricultores familiares] dos maiores [agronegócio]? Isso é revolução classista, ideologia marxista", afirmou.

Sobre a notícia de que Minc decidiu adotar um tom conciliatório dentro do governo para evitar novos atritos com outros ministros, Abreu disse: "É o medo de perder o cargo".

Ela afirmou que Minc não deve ocupar cargos públicos para defender interesses de uma classe. "O ministro do Meio Ambiente tem que se preocupar com o ambiente e não com os ambientalistas, assim como o ministro Reinhold Stephanes [Agricultura] deve se preocupar com a produção e não com os ruralistas. Eles devem servir o Brasil."

Por meio da assessoria, Minc disse que "vai buscar sim uma reaproximação com a senadora Kátia Abreu, a quem considera uma boa parlamentar e que sabe negociar em alto nível". De acordo com a assessoria, o ministro, por conta da iniciativa de defender essa reaproximação, prefere não comentar as críticas que vem recebendo da senadora.

Comentários dos leitores
Paulo José Lima Perillo (1) 18/01/2010 16h56
Paulo José Lima Perillo (1) 18/01/2010 16h56
Ao meu ver, deveriam cumprir o mandato de prisão contra o governador de MS, e ainda incluir o crime de homofobia. É vergonhoso ver tamanho desrespeito entre dois políticos, e mais vergonhoso ainda não ver nenhuma atitude de reprovação e punição. sem opinião
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Hilton Azeredo (2) 26/09/2009 06h35
Hilton Azeredo (2) 26/09/2009 06h35
Essa troca de "gentilezas" entre um governador e um ministro de estado, mostra o nível de qualificação dos personagens no exercício de funções
tão relevantes. Nós, eleitores, na condição de analfabetos funcionais, somos os principais responsáveis pela existência de tais indivíduos na nossa vida pública.
1 opinião
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Alcides Emanuelli (1999) 24/09/2009 23h49
Alcides Emanuelli (1999) 24/09/2009 23h49
Esse é o perfil de nossos homens publicos, são governadores e ministros se agredindo com palavras de baixo calão, com ofensas morais de ambas as partes.
No Parlamento eles se agredem sem saber o que estão fazendo, sai palavra e ofensas para todos os lados, é Sarney que briga pelo poder com seus adversários, é o color com a fisonomia transforma e transtornado agredindo violentamente e mandando o Pedro Simon digerir suas palavras, é sem limites mesmo os limetes da ética, mas eles estão ai mesmo, sempre reeleitos, sempre no Poder e do poder não fazendo nada para o povo e sim de acordo com seus interesses.
O que eles aprovam, mais 8000 mil vagas para 8000 mil malandros nas casas legislativas das cidades.
É a liberação da obstrução que a ficha suja poderia gerar na impossibilidades de se candidatarem, eles não aprovaram agora o cara pode ser ladrão devedor de todos os lados que pode ser candidato e o povo coitado sempre esperando por seriedade, honestidade e ética.
Antes eles até que falavam nisso, mas o tempo foi passando e eles esqueceram que existe algo como ética e moral na vida de um cidadão, e hoje eles são só um bando corporativistas de interesseiros oportunistas.
4 opiniões
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