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Sarney retorna ao Senado com missão de resolver impasse sobre cargos em CPI
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MÁRCIO FALCÃO
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), retoma nesta segunda-feira o comando da Casa, após uma semana afastado para acompanhar a cirurgia de sua filha, Roseana Sarney (PMDB), governadora licenciada do Maranhão. A pedido de interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Sarney deve entrar em campo para tentar solucionar o impasse entre os líderes do PT, Aloizio Mercadante (SP), e do PMDB, Renan Calheiros (AL), sobre a escolha dos senadores que vão ocupar os cargos de comando da CPI da Petrobras.
Sarney conversou com ministros próximos ao presidente Lula neste fim de semana. A recomendação foi para que ele tente quebrar a resistência de Renan à indicação do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para a relatoria da comissão. O líder do PMDB teria vetado entregar o cargo mais cobiçado da CPI ao correligionário porque seu nome foi lançado por Mercadante. Além disso, pesaria contra Jucá o fato de ser um fiel aliado do Palácio do Planalto no Senado.
O presidente do Senado terá ainda que tentar encontrar uma saída para o imbróglio da CPI das ONGs. Os governistas sustentam que não instalam a CPI da Petrobras se não recuperarem a relatoria da CPI das ONGs --o início dos trabalhos da comissão que vai investigar as denúncias de irregularidades contra a estatal está marcado para quarta-feira.
A confusão teve início depois que o senador governista Inácio Arruda (PC do B-CE) deixou de ser titular da CPI das ONGs e se tornou suplente. A mudança foi consequência da indicação do parlamentar para ser titular da CPI da Petrobras. Como o regimento do Senado não permite que um senador ocupe simultaneamente duas comissões parlamentares de inquérito como titular, Arruda foi afastado da relatoria --uma vez que somente titulares podem ocupar o cargo.
O presidente da CPI, Heráclito Fortes (DEM-PI), aproveitou o descuido governista e nomeou para o posto o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Mesmo com a pressão governista, a oposição afirma que não vai devolver a relatoria.
Virgílio se reúne amanhã com consultores da CPI para definir a linha de trabalho. "Temos ideia do barulho que queremos fazer. Vamos começar a incomodar o governo para valer, especialmente em relação aos repasses do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais SemTerra]", disse o tucano.
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